A ideia de que a Cloud Computing é apenas um grande arquivo acessível pela internet já foi superada e hoje seu potencial é explorado para suportar serviços críticos de diversas organizações, incluindo o desenvolvimento em nuvem. Com a consolidação dessa tecnologia, a Cloud não apenas armazena sistemas e dados, como também roda programas e permite que softwares sejam construídos em plataformas online.

Na prática, a nuvem é capaz de suportar desde processos de gestão até os mais estratégicos, focados no core do empreendimento. Bons exemplos são as lojas virtuais das empresas que atuam em e-commerce e que, sem a Computação em Nuvem, jamais poderiam colocar seu modelo de negócio na rua.

Dentre as modalidades de Cloud Computing, a chamada PaaS (Plataforma como Serviço) e a IaaS (Infraestrutura como Serviço) formam um conjunto que alicerça um novo paradigma para processos de TI, incluindo a fabricação de software. A PaaS oferece ambientes consolidados para criar, hospedar e gerenciar softwares de maneira totalmente digital. Já a IaaS coloca a serviço do desenvolvedor toda a gama de hardwares necessária para viabilizar os trabalhos.

O uso remoto de recursos compartilhados por provedores de mercado é a marca dessa dinâmica e o controle se dá por um painel gerenciador que permite a configuração dos serviços de acordo com a necessidade de cada ciclo de desenvolvimento. Para abordar esse cenário que efervesce novidades a todo momento, este post apresenta as características e qualidades da construção de softwares, utilizando as facilidades da Cloud.

A intenção é abrir o olho de gestores e profissionais de TI para essa que é muito mais que uma tendência em TI e representa uma exigência para as empresas que desejam sobreviver diante da velocidade das mudanças do mercado. Deixe as velhas e limitantes crenças para trás e boa leitura!

1. O desenvolvimento em nuvem

Em um passado não muito distante, o processo de desenvolvimento de software era caracterizado por programadores concentrados em salas conectadas a servidores que precisavam dar conta do recado. Quando essa estrutura não era suficiente, a demanda para os gestores de TI era o reforço no investimento em data center, porque sem robustez da infra, não havia meios para expansão das inteligências computacionais.

Esse cenário era composto de algumas peculiaridades: a infraestrutura tecnológica era mais estática, a ampliação dos recursos custava caro, eram necessárias equipes especializadas para manter os novos equipamentos adquiridos e o desenvolvimento era limitado aos recursos que cada empresa poderia ter. Como resultado, o que se via era a delimitação do escopo e das possibilidades do negócio na mesma proporção da disponibilidade de recursos de TI.

Com a nuvem, essa realidade se transformou e os limites acabaram. Isso porque, quando uma aplicação precisa ser desenvolvida, testada e colocada em produção, é feito um dimensionamento das necessidades e os recursos de terceiros que compartilham seus data centers são colocados à disposição. Ao longo da evolução do trabalho, se houver a urgência de maior capacidade de hardware, a oferta será readequada para estar sempre na medida da exigência do negócio.

Na rotina da construção de sistemas, a virtualização de máquinas ampliou os horizontes do gerenciamento de projetos de TI, além de ter otimizado o controle de problemas. Compilações e testes de software também sofreram uma influência positiva, tendo a automatização como grande diferencial. Com esses adventos, a indústria de software ganhou inúmeros benefícios, especialmente relacionados à redução de custo e à agilidade na esteira de software.

Esses são os motivos pelos quais o desenvolvimento em nuvem alcançou tanta aceitação entre as empresas e entre profissionais desenvolvedores. E um fato interessante é que esse modelo agrada não só a grandes, mas também a pequenos e médios empreendimentos, já que a Cloud democratizou o acesso a recursos de ponta, os quais jamais caberiam no orçamento de negócios menores. Com a nuvem, as empresas passaram a ter condições de internalizar inovações antes inalcançáveis por organizações que não detinham alta capacidade de investimento em TI.

No caso do desenvolvimento de software, em vez de as empresas utilizarem equipamentos próprios, a nuvem apresenta uma alternativa interessante: a de serem adotadas plataformas digitais, disponibilizadas por provedores, para execução das etapas dos fluxos de construção de aplicações.

Assim, a preocupação com a capacidade e disponibilidade da infra deixa de ser do desenvolvedor e fica nas mãos do fornecedor. É ele quem cuida da atualização e manutenção do hardware, além das configurações e quesitos de segurança.

2. Vantagens competitivas no mercado

Se já falamos que, ao usar plataformas de alta performance para o desenvolvimento de software, há ganhos em termos de agilidade e inovação, já estamos afirmando que essa dinâmica traz mais vantagem competitiva para a empresa que adere ao modelo. Quando lembramos de outros benefícios, estamos reforçando essa ideia.

Conheça alguns deles:

  • maior qualidade nas fases de desenvolvimento;
  • redução de custos com infraestrutura;
  • possibilidade de execução simultânea de tarefas;
  • liberação da mão de obra especializada em TI para focar nas necessidades do negócio;
  • acesso à infraestrutura de ponta;
  • condições favoráveis para deploys contínuos;
  • maior integração entre sistemas empresariais;
  • subsídios para o desenvolvimento ágil;
  • oferta de melhor experiência para o usuário;
  • mais satisfação do cliente;
  • alinhamento com melhores práticas e tendências de mercado;
  • desoneração dos gestores de TI para que a demonstração do valor da área ocorra de forma mais natural, permitindo que eles se dediquem mais à gestão tecnológica;
  • contribuição para uma cultura de inovação na empresa.

Outro fator relevante é que as equipes de TI podem voltar suas atenções para o que de fato interessa, em vez de dedicarem seu tempo à gestão de infraestrutura própria. Assim, além de poderem se debruçar mais sobre a qualidade do desenvolvimento em si, os times de TI podem se aproximar mais do negócio para levantar suas necessidades e propor soluções que agreguem real valor ao core business.

Nos próximos tópicos, vamos detalhar melhor as vantagens que o desenvolvimento em nuvem apresenta! Siga conosco!

3. Agilidade nos processos

A redução do tempo de entrega de módulos construídos é notória quando são usados ambientes de desenvolvimento em nuvem. Com isso, os ciclos de lançamento de aplicações podem ser racionalizados e melhorias incrementais podem ser adicionadas em versionamentos periódicos, com muito mais facilidade.

Esses deploys facilitados representam pequenas entregas contínuas que vão gerando valor a todo o momento para o negócio. Assim, novas funcionalidades podem ir ao ar em curtos intervalos de tempo, melhorando a experiência do usuário gradativamente.

Quando as equipes de TI estão espalhadas geograficamente, o acesso a uma plataforma que integra os recursos necessários é outro benefício significativo, já que encurta a distância e permite que o trabalho flua sem que obstáculos físicos impactem a evolução dos projetos.

Também vale destacar que o desenvolvimento ágil é impulsionado pela Cloud Computing porque deixa de existir a limitação a um servidor físico por cada necessidade das fases do desenvolvimento, ou seja, construção, testes, implantação. Sendo tudo virtualizado, há instanciamento das máquinas e as equipes de desenvolvimento ficam servidas de uma quantidade ilimitada de servidores para atender a todas as suas necessidades.

Sem precisar esperar que servidores físicos tenham espaço e capacidade de processamento disponíveis, o fluxo de desenvolvimento segue sem interrupções e avança sem demora.

4. Produtividade e otimização de recursos

A proposta de uso de ambientes integrados de desenvolvimento é permitir que os programadores deixem de se preocupar com configurações da infra e outros detalhes técnicos, para que possam dedicar-se à escrita de códigos.

Além disso, a intenção é que amarras físicas sejam desfeitas e os profissionais possam atuar de qualquer lugar, sem limite de horário, bastando estar diante de um equipamento com um navegador e acesso à internet. Se não há limites territoriais nem temporais, já se tem ganhos em produtividade.

Já a otimização de recursos é notada quando o desenvolvedor acessa uma única plataforma para usufruir de editores de código-fonte, automação de compilação e ferramentas de depuração. Também há outros recursos, como controladores de versão e funcionalidades para construção de interfaces gráficas.

Assim, equipes de desenvolvimento encontram na nuvem todos os meios necessários para planejar, construir e testar soluções. Adicionalmente, após inseridas em produção, esse mesmo ambiente oferece funções para monitoramento, gestão de problemas e incidentes.

No final das contas, com melhores chances para entregar cada vez mais utilizando menos recursos, as empresas alcançam a almejada eficiência operacional em TI. Esse ciclo virtuoso permite que o discurso do fazer mais com menos saia do papel e se materialize no cotidiano empresarial.

5. Redução e otimização de custos

A esta altura do artigo, já deve estar clara a contribuição da nuvem para a redução de custos com TI. Tudo começa com o fim da necessidade de estruturação de um data center próprio e toda a despesa que isso inclui, como:

  • compra de hardwares de alta performance;
  • aluguel de espaço para comportar o maquinário;
  • energia elétrica e telecomunicações;
  • segurança patrimonial;
  • alocação de times especializados para manter o ambiente;
  • atualização de sistemas de segurança da informação;
  • licenciamento de softwares.

Todo esse orçamento que onera sobremaneira os cofres da empresa passa a ser substituído por faturas mensais que contemplam apenas o que foi consumido remotamente, seja em termos de infraestrutura, seja no que se refere ao uso de plataformas ou sistemas online.

Além disso, há os custos intangíveis que envolvem a liberação de profissionais de TI para uma aproximação com as outras áreas para levantamento de necessidades e proposição de soluções alinhadas com os desafios enfrentados pelo negócio.

Vale ressaltar ainda que, ao deixar de direcionar esforços para questões coadjuvantes ao desenvolvimento, os profissionais envolvidos podem focar seu tempo em aprimoramento do trabalho, ampliação do aprendizado, disseminação de conhecimentos na equipe e incremento da qualidade das entregas.

6. Redução dos ciclos de entrega

Entregas contínuas é o desejo de todo gestor de TI que sofre pressão ininterrupta das áreas de negócio e do cliente final. Com a nuvem, esse sonho se torna realidade e a possibilidade de rotinas simultâneas é um trunfo nesse cenário. Com essa dinâmica, não é preciso aguardar a próxima compilação ou deploy para que uma nova instância de desenvolvimento seja gerada para codificação e testes.

Esse modelo favorece a concretização das metodologias ágeis, que pregam que os times precisam realizar entregas em sequência, mesmo que com escopo reduzido. Nessa filosofia, o importante é entregar valor ao cliente a todo momento, independentemente de seu tamanho. O que conta é a parcela de contribuição que esse pacote representa ao todo do projeto.

7. Abertura de espaço para experimentação e inovação

Investir em tecnologia avançada é para poucos. Ou melhor, era. No passado, o acesso ao que havia de mais evoluído em TI realmente era limitado às empresas que podiam alocar orçamento em infraestrutura. Mas, hoje, com a nuvem, a perspectiva é outra.

O uso de recursos compartilhados traz a chance de empresas de todos os portes usufruírem de robustos data centers mantidos por provedores de mercado e, ali, experimentarem novos paradigmas de desenvolvimento, testes e distribuição de soluções. O fato é que o discurso da inovação é cada vez mais presente no mercado e sua transformação em realidade depende do uso de novas tecnologias e do aproveitamento de novidades e tendências em TI.

Pagar pelo uso disso sem precisar bancar a aquisição de tudo isso é, ao mesmo tempo, um ganho, benefício e uma ajuda e tanto para empresas que querem expandir e otimizar seu atual padrão de desenvolvimento de soluções para sustentação do negócio.

8. Argumentos finais a favor do desenvolvimento em nuvem

Os benefícios da Cloud Computing são expressivos. Isso já não é novidade. Mas quando o assunto é a fabricação de softwares — algo que sempre foi feito tão dentro das paredes da empresa — ainda há uma dúvida ou outra, uma desconfiança aqui, outra incerteza acolá.

Diante dessa situação, este artigo se propõe a ampliar a visão de gestores e profissionais de TI, demonstrando que vale a pena considerar a migração do desenvolvimento para a nuvem. Antes que seja tarde demais!

Então, vamos aos últimos argumentos para tirar todas as dificuldades de entendimento sobre o valor da Cloud para a construção de aplicações. Confira:

  • rapidez no desenvolvimento de soluções;
  • boas condições para lançamento contínuo de aplicações;
  • uso ilimitado de recursos virtuais em substituição à disponibilidade definida de recursos físicos;
  • acesso a ambientes de desenvolvimento com módulos para a padronização de processos, permitindo a execução simultânea de atividades;
  • uso de ferramentas para racionalização do processo de desenvolvimento, oferecendo: redução da quantidade de linhas de código, construção facilitada de front-end e back-end, facilitadores para publicação;
  • automação de tarefas, reduzindo falhas e atrasos;
  • aumento da quantidade de testes completos de aplicações;
  • possibilidade de simulação do comportamento das soluções desenvolvidas em ambientes que reproduzem o de produção;
  • utilização de infraestrutura que oferece escalabilidade de acordo com a necessidade do desenvolvedor ou da aplicação, com a expansão ou retração dos recursos de acordo com o que é necessário em cada fase do desenvolvimento;
  • uso inteligente de recursos, otimizando custos de produção, criação de banco de dados e configurações de servidores web;
  • segurança e confiabilidade no ambiente usado para construção de sistemas;
  • mais flexibilidade para atualizações automáticas e correções de aplicativos;
  • uso de infraestrutura disponível em tempo integral, sem interrupções que impactem negativamente o negócio;
  • suporte oferecido por equipes capacitadas, com SLAs de atendimento que garantem os melhores níveis de acordo de serviço;
  • apoio ao dimensionamento da despesa com TI, a partir da análise prévia do contrato para oferta de recursos por provedores;
  • aproveitamento da tendência da TI Bimodal por empresas de todos os portes, aliando o que há de mais convencional e produtivo ao que há de mais inovador e arrojado em termos de governança tecnológica;
  • funcionalidades para monitoramento da performance das aplicações em todo o seu ciclo de vida;
  • colaboração entre programadores, arquitetos e designers de solução, já que técnicas de DevOps para integração de equipes são bem-vindas em modelos de desenvolvimento em nuvem.

9. A escolha de um parceiro na empreitada de desenvolver na nuvem

Está claro que o uso de serviços em nuvem envolve, obrigatoriamente, outsourcing de TI. Pacificada essa questão, é chegado o momento de escolher a empresa que atuará não só como fornecedor, mas também como verdadeiro parceiro do negócio.

O importante é que o provedor disponha de um data center robusto e consolidado. Além disso, a governança tecnológica precisa adotar as melhores práticas de mercado e frameworks eficazes, implementando premissas de gestão de projetos e de desenvolvimento ágil. Em termos da plataforma oferecida, é preciso que seja completa e que haja uma experiência de codificação automatizada, utilizando modernas ferramentas de desenvolvimento, testes e distribuição de aplicativos em nuvem.

Quesitos como segurança e preparação para atendimento a auditorias também precisam ser observadas. Vale também analisar criteriosamente os SLAs propostos na minuta do contrato e os parâmetros e procedimentos definidos nos planos de contingência e recuperação de desastres.

O mais relevante é que o fornecedor garanta que não haverá impactos que possam prejudicar a continuidade dos negócios e, em caso de incidentes, que ações tempestivas serão tomadas para a pronta restauração dos sistemas e dados do negócio. Ou seja, o provedor precisa demonstrar que está preparado para acionar equipamentos sobressalentes, sempre que os que foram alocados para atender o cliente apresentarem qualquer tipo de problema.

Outro ponto a ser considerado é a capacidade de empatia que o fornecedor demonstra. Isso significa que ele precisa olhar para o negócio do ciente como se fosse seu. Com essa perspectiva, ele poderá compreender os anseios e dores da empresa contratante, sendo capaz de oferecer soluções sob medida para aquela realidade.

Nesse ponto, é útil consultar o provedor sobre sua expertise em consultoria para diagnóstico empresarial, como forma de assegurar que a proposta comercial será aderente às características dos processos de negócio.

Conclusão: a nuvem materializa o valor que a TI pode agregar ao negócio

Mostrar o valor da TI é uma missão enfrentada por administradores da área tecnológica em todas as empresas. Tendo em vista que ainda impera a ideia de que o significado de tecnologia se aproxima ao de um centro de custos que onera o caixa do empreendimento, é preciso vencer obstáculos diários para provar o contrário.

Quando uma demanda de negócio surge, o que a área solicitante espera é uma resposta rápida e com qualidade. Essa também é a intenção das equipes de TI, mas as condições nem sempre são as mais favoráveis. Preparar a área tecnológica para que o terreno seja fértil para contemplar as necessidades do negócio depende não só de vontade, mas principalmente de decisões estratégicas. E uma delas é a de migrar para a Cloud.

Estar presente na nuvem é dotar a empresa dos pilares para a transformação dos negócios. Não por acaso, a nuvem é tida como o ambiente ideal para o desenvolvimento de aplicativos móveis, perfeitamente alinhados com a realidade da era digital. Assim, a Computação em Nuvem tem acelerado as operações e o desenvolvimento de soluções, dotando a esteira produtiva de TI de muito mais eficiência.

Dar os primeiros passos na direção da modernização do setor de TI para que o negócio absorva padrões mais inovadores é benéfico e a nuvem certamente estará nesse caminho, trazendo mais flexibilidade, sustentabilidade e alinhamento com as tendências do mercado digital.

Nesse contexto, a Cloud Computing é mais do que uma soma ao negócio ou uma mera tendência. Ela representa um poderoso instrumento para o crescimento de todo tipo de empreendimento. Portanto, esperar que o movimento passe para só então se reorganizar é um risco. O ideal é seguir o ritmo das mudanças, se antecipar aos desafios que ainda se apresentarão e estar pronto para assumir novos conceitos, novos comportamentos e novas ferramentas de trabalho.

Todo esse raciocínio foi tecido até aqui para afirmar que, no contexto da fabricação de aplicações, o desenvolvimento em nuvem é a engrenagem que dotará os processos que compõem a engenharia de software de mais agilidade e proatividade, além das premissas necessárias para que não restem mais dúvidas sobre o valor da TI para o alcance do sucesso de um negócio.

A teoria é encantadora e o discurso, mais ainda. Mas nada tem maior poder de convencimento do que a prática e é por isso que concluímos este conteúdo com o convite à experimentação. Acesse nossa plataforma gratuitamente e experimente todos os benefícios que o desenvolvimento em nuvem pode oferecer! Entre e fique à vontade!


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