O desenvolvimento de softwares é, atualmente, muito mais do que simplesmente um processo de produção para fins de uso interno ou venda do produto final. Agilidade e qualidade são duas necessidades que vêm crescendo cada dia mais. Entretanto, trabalhar em equipe tem sido uma estratégia extremamente eficiente para obter bons resultados.

Ainda assim, muita gente ainda não entende de que forma o desenvolvimento cooperativo de softwares poderia trazer benefícios para sua empresa. Pensando nisso, mostraremos aqui tudo o que você precisa saber sobre o assunto, além de citar algumas ferramentas e soluções que podem ajudá-lo. Confira!

Os processos de desenvolvimento de software cooperativo

A ideia inicial da cooperação é possibilitar que duas ou mais pessoas trabalhem simultaneamente no desenvolvimento do mesmo software. Isso pode ser feito de diversas maneiras, de acordo com a dinâmica definida entre os desenvolvedores. Por isso, é interessante destacarmos aqui os processos envolvidos.

Se considerarmos, por exemplo, uma equipe formada por desenvolvedores e testers – ou usuários participantes –, podemos perceber que ao mesmo tempo que o código é desenvolvido, bugs são apontados e precisam ser corrigidos para o lançamento de uma próxima versão ou release. Portanto, há um ciclo de interatividade com o código em desenvolvimento.

É aí que entra o papel do coordenador de desenvolvimento. Ele fica responsável pelo lançamento de cada nova versão, além de coordenar os envolvidos no processo para que a demanda de correções e ajustes seja atendida. É fácil perceber que, sem um controle extremamente eficiente de tudo que é feito no software, as coisas podem não ir tão bem como planejado.

Porém, é um obstáculo que pode ser superado com tranquilidade. Primeiro, tomemos como base esse fluxo de desenvolvimento de software, que deve suceder a confirmação da solução que o cliente ou a empresa precisa:

  1. Definição das responsabilidades de cada um;
  2. Especificação de requisitos;
  3. Desenvolvimento;
  4. Controle de qualidade;
  5. Lançamento de versão;
  6. Teste de versão;
  7. Levantamento de possíveis melhorias.

De forma prática, podemos enxergar que o item 1 trata da formação da equipe, enquanto o item 2 envolve a participação de todos para definição de o que o software deve fazer e como ele deve fazer. Já nas etapas 3 e 4, o código é produzido e revisado, para que uma versão seja lançada (item 5) e testada (item 6).

Após o lançamento da release, o ciclo volta à etapa de desenvolvimento, pois o controle de qualidade terá levantado algumas necessidades de ajuste. Isso significa que, em geral, o processo de teste será feito em paralelo com o desenvolvimento da próxima versão do software. Se houver uma boa comunicação entre os envolvidos, é possível levantar erros e corrigi-los já nesse momento.

O levantamento de possíveis melhorias, em geral, é feito com o software já pronto, pois ele leva em consideração o que pode ser melhorado tanto no produto final quanto no processo de desenvolvimento em si.

Agora, já imaginou gerenciar todo esse processo sem um sistema específico para isso? Não é tarefa fácil! Por isso, é fundamental contar com ferramentas que deem o suporte necessário para a gestão de desenvolvimento de softwares. A seguir, falaremos de algumas das mais adotadas.

Ferramentas e soluções

Qualquer processo de desenvolvimento no qual o produto final seja minimamente complexo terá uma série de versões lançadas e revisadas. Isso torna o fluxo de trabalho, ou workflow, um tanto complicado de se gerenciar. O uso de uma ferramenta para controle de versões deixa de ser uma opção e se torna obrigatório!

O GitHub

Git é uma plataforma para gestão e controle de versões de software. Ele permite o desenvolvimento cooperativo e acesso à criação e edição dos arquivos sem que haja o risco de uma modificação ser sobrescrita por outro usuário – mesmo que dois desenvolvedores acessem simultaneamente.

Além disso, ele oferece ferramentas para que a gestão seja simples e organizada. Um dos seus grandes diferenciais é a possibilidade de criação de um “branch” no fluxo de trabalho. Para facilitar a compreensão, imagine que você quer adicionar modificações em um projeto em andamento, mas quer mantê-las disponíveis e visíveis apenas para você – como se não fosse, ainda, uma mudança oficial.

O Git permite que você crie essa cópia espelho, que chamamos de branch. Cada desenvolvedor pode criar suas próprias versões em paralelo e, quando decidirem que é a hora, implementá-las ao projeto principal.

O GitHub é um serviço web que, basicamente, oferece funcionalidades complementares ao Git. Ele pode ser utilizado gratuitamente para hospedagem de projetos pessoais. Ele permite o desenvolvimento em open source, o que significa que o projeto pode ser acessado e testado para levantamento de bugs, otimizando o código de forma cooperativa.

GitFlow

Essa extensão do Git permite um processo de desenvolvimento mais complexo e, consequentemente, mais poderoso. Em casos de softwares que são desenvolvidos por grandes equipes, é preciso que a gestão seja feita com cuidado, e o GitFlow é a solução para isso.

O seu fluxo de trabalho possui, de início, dois branches principais: o Master (mestre) e o Develop (desenvolvimento). O primeiro é mais estável e contém a última release lançada. O segundo suporta o ambiente de colaboração, no qual os desenvolvedores vão implementando suas alterações e a próxima versão vai sendo desenhada.

Dentro dessa lógica, há ainda processos distintos para desenvolvimento de releases e versões exclusivas para correção de bugs. O trabalho dos desenvolvedores é otimizado a um nível que permite qualidade e agilidade significativamente maiores, assim como reduz a necessidade de incontáveis releases para atingir o objetivo final.

Confira o webinar do Cronapp sobre GITFLOW:

Benefícios para os negócios

Atualmente, o próprio valor da marca é influenciado pela forma de atuação das empresas no mundo digital. O desenvolvimento de softwares tem um enorme impacto sobre isso. Em primeiro lugar, a qualidade das soluções desenvolvidas aumenta significativamente. O tempo total do processo, por sua vez, é bastante reduzido.

O desenvolvimento em open source continua a moldar as tendências mundiais. Olhar para casos de sucesso é uma forma bastante interessante de entender de que forma isso beneficia as empresas.

A Netflix, por exemplo, lançou no GitHub o código do Spinnaker, sua poderosa ferramenta para atualização de software da plataforma. Em 2014, o Facebook também decidiu abrir o código de uma de suas ferramentas, o Flux, que é utilizado para criar interfaces para aplicações de clientes.

Se pensarmos num panorama ainda mais amplo, temos o Linux como exemplo de sucesso do desenvolvimento cooperativo de softwares. Vale ainda destacar que a essa prática serve tanto para o desenvolvimento voltado às empresas quanto para aplicativos, soluções científicas, embarcadas, etc. O Moodle, por exemplo, é uma ferramenta desenvolvida em open source que já é uma realidade para a área da educação.

Como você pode ver, o desenvolvimento de softwares tem muito a ganhar com o trabalho cooperativo. Por isso, faça uma avaliação de seus projetos e veja de que forma trabalhar em equipe pode potencializar as soluções que você desenvolve!

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