O mercado low-code foi “batizado” pela primeira vez em 2014, como uma forma de englobar as plataformas que estavam surgindo na época e permitiam a rápida construção de aplicativos e sites com pouca necessidade de códigos escritos à mão.

Hoje, ele se expandiu muito, oferecendo ampla gama de serviços em todos os níveis de sofisticação técnica. Seja você desenvolvedor, profissional de marketing, ou gestor de uma empresa de qualquer porte, há um produto low-code para suas necessidades.

Neste artigo, você vai conhecer o low-code, as perspectivas deste mercado e seu panorama global.

O que é o mercado low-code?

O objetivo do low-code é tornar mais fácil e rápido o desenvolvimento de aplicativos, por meio de interfaces do tipo “arraste e solte” (drag and drop) e outras integrações. Já o desenvolvimento tradicional da programação pode envolver digitar milhares ou milhões de linhas de código.

As principais aplicações do low-code hoje são:

  • apps internos: funcionam no gerenciamento de atividades e microsserviços da empresa, como RH, vendas, marketing, e relatórios financeiros;
  • apps para o cliente: soluções sofisticadas para o consumidor, com boa experiência do usuário, segurança e funções mobile;
  • substituição de apps legados: toda empresa tem uma herança de códigos e programas velhos. O low-code pode ser usado para atualizar estes sistemas com uma abordagem mais ágil.

Qual é a diferença entre low-code e no-code?

Os termos que surgem no mercado não seguem o mesmo rigor das definições de termos acadêmicos. A expressão “low-code” também é usada para englobar plataformas no-code. Mas, há uma diferença importante entre as duas abordagens. Os critérios são a facilidade de uso, o nível de conhecimento técnico que se pressupõe do usuário e os resultados potenciais.

As plataformas no-code geralmente oferecem uma interface visual que possibilita ao usuário montar rapidamente um site ou aplicativo. As mais básicas permitem arrastar e soltar objetos selecionados em uma página, redimensionar templates e trocar cores para se chegar a um design customizado.

Seus usuários são “desenvolvedores cidadãos” e profissionais de empresas que precisam construir apps limitados sem saber escrever uma única linha de código.

Inevitavelmente, isso significa que a plataforma é limitada. É como um quebra-cabeças: você pode jogar apenas com as peças que existem.

Já uma plataforma low-code é usada principalmente por desenvolvedores e equipes de design profissionais como forma de simplificar o trabalho. Permite a eles entregar aplicativos do tipo que as empresas precisem fazer poucos códigos à mão, mas ainda exige alguma habilidade técnica por parte do usuário.

Quais são as perspectivas para o mercado low-code?

A maior parte das empresas está por dentro da alavancada da “transformação digital”. Neste cenário, surge a necessidade de inovar para atender às expectativas dos consumidores e não ficar para trás em relação à concorrência.

Contudo, há um problema de recursos. As equipes de TI estão sobrecarregadas: algumas estimativas são de que gastam 60% do tempo para manter funcionando os sistemas que já têm. E há poucos profissionais que saibam programar. Ou seja, faltam as ferramentas para implementar os sistemas e processos necessários para transformar as empresas.

Além de ajudar a manter o negócio estagnado, esta situação frustra os funcionários. O ritmo de mudança lento prejudica a produtividade e, quando uma nova solução chega, nem sempre ela é adequada ao trabalho, ou já está ultrapassada.

A verdade é que há uma crescente demanda por softwares e aplicativos que simplesmente não se encontram no mercado e precisam ser desenvolvidos sob medida para as companhias.

O low-code surgiu para empoderar os funcionários em todos os departamentos — de modo que criem aplicativos internos próprios conforme suas necessidades — e, ao mesmo tempo, remover parte da pressão sobre o setor de TI. Todo mundo na empresa vira desenvolvedor cidadão, capaz de criar aplicações robustas em um ambiente seguro, com todas as ferramentas e procedimentos para testes.

Por estas razões, as plataformas low-code devem ser um dos principais motores de inovação e crescimento da economia nas próximas décadas. Uma pesquisa da Forrester estima que este mercado irá quase quintuplicar de 2018 para 2022, quando chegará a US$ 21 bilhões, a uma taxa de crescimento de cerca de 40% ao ano.

Aplicação do low-code no desenvolvimento de apps mobile

As empresas precisam continuamente prestar mais atenção em como se conectam aos clientes por meio da tecnologia mobile (smartphones e tablets). Desenvolver e entregar seus próprios aplicativos é uma escolha de cada vez mais negócios.

Uma plataforma de desenvolvimento móvel é um tipo de software que ajuda a desenhar, testar e entregar para o usuário apps que possam aproveitar as funções de seus dispositivos, como a câmera e a geolocalização dos celulares.

Como há enorme variedade de marcas e modelos de dispositivos móveis, o desenvolvimento de aplicativos mobile enfrenta muitas dificuldades. Além dos sistemas operacionais distintos, é preciso lidar com diferentes tamanhos de tela e ferramentas de cada dispositivo. Boas plataformas ajudam a contornar este problema ao gerenciar a interface, arquitetura e desempenho do app ao longo de seu ciclo de vida.

As plataformas de desenvolvimento low-code (LCDP, na sigla em inglês) fornecem um ambiente para os usuários criarem softwares por meio de interfaces gráficas. Elas podem se especializar em tipos específicos de aplicativos, como bases de dados, processos gerenciais ou aplicações para a web.

Algumas delas funcionam inteiramente online — é o caso do Cronapp, que permite ao profissional publicar aplicativos na nuvem sem se preocupar com servidores ou backup. Não é necessário instalar nada.

O Cronapp também oferece interface bastante intuitiva. O usuário pode abstrair das linhas de código e desenvolver seu produto ou app usando a tecnologia RAD (Rapid Application Development, ou Desenvolvimento Rápido de Aplicação, em português), com rapidez, facilidade e liberdade criativa, a partir de templates e blocos de código pré-configurados e modelagem visual. Também oferece controle de todo o processamento, linha por linha, permitindo a correção de erros.

O mercado low-code representa uma enorme oportunidade para a transformação digital nas empresas. Nas mãos de um desenvolvedor que já conhece as ferramentas, ele pode acelerar em dez vezes a criação de um novo aplicativo. Além disso, as plataformas do tipo no-code permitem que mesmo quem não sabe programar possa criar, ainda de que forma limitada, suas próprias soluções.

Achou este texto interessante? Então, aproveite para saber como aplicar o desenvolvimento low-code em seu negócio!

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