Diante de um cenário em que a tecnologia é cada vez mais presente no mundo corporativo, bem como o surgimento de demandas que necessitam de soluções imediatas, as métricas de desenvolvimento ágil vêm se tornando indispensáveis para proporcionar um crescimento rápido e sustentável.

Isso porque a criação de softwares exige um grande esforço intelectual, e focar apenas a rapidez no processo nem sempre vai levar a um produto de qualidade. Se os resultados não são medidos, não se sabe ao certo o que precisa ser melhorado ou como é possível evoluir.

Pensando nisso, elaboramos um post com oito métricas que você não pode deixar de acompanhar no gerenciamento dos seus projetos. Siga a leitura e confira!

1. Sprint burndown

O sprint burndown é uma métrica que acompanha a conclusão do trabalho por etapas, ou seja, por sprints — determinado intervalo de tempo. Para atingir esse objetivo, as equipes de scrum fazem um planejamento prevendo a quantidade de trabalho que pode ser entregue ao final de cada sprint.

Então, à medida que cada fase chega ao fim, um relatório de sprint burndown é elaborado. Podemos dizer que a organização atingiu um nível de maturidade e desenvolvimento ágil para o seu produto quando as equipes conseguem atender às metas esperadas.

O grande cuidado que é preciso ter com esse sistema diz respeito ao ato de maquiar os números — registrar um item como finalizado dentro do prazo sem que seja verdadeiro —, pois isso compromete o processo de melhoria.

2. Velocidade

A velocidade representa uma métrica de desenvolvimento ágil interessante para se mensurar a capacidade de entrega do time, a rapidez com que os seus colaboradores trabalham, de modo que as previsões dentro de cada sprint se tornem mais próximas da realidade.

Para aferir qual a velocidade da equipe na prática, é indicado que se avalie uma média de três sprints executados com a mesma formação, bem como as características desse trabalho:

  • as ferramentas disponíveis;
  • o perfil de cada membro;
  • o grau de entrosamento e experiência;
  • o domínio do projeto.

Por fim, vale ressaltar que a velocidade de um grupo não deve servir de parâmetro para outros, isto é, o seu desempenho precisa ser comparado com ele mesmo. Caso contrário, os dados obtidos não serão confiáveis.

3. Gráfico de controle

O gráfico de controle é utilizado para traçar um comparativo entre o tempo estimado para o cumprimento de uma tarefa individual e o que realmente foi gasto na prática.

O propósito dessa métrica é identificar discrepâncias entre os processos de trabalho e permitir a incorporação das ações necessárias, a fim de que as entregas se alinhem com o que foi estimado. É, portanto, uma forma de verificar a eficiência de cada colaborador.

4. Epic burndown

O parâmetro epic burndown serve para orientar as equipes de scrum e kanban quanto ao desenvolvimento do projeto — se ele está de acordo com a delimitação do escopo.

Dessa forma, leva-se em consideração não somente a versão finalizada do produto como também a performance dos sprints individuais. Enfim, é uma busca pelo equilíbrio da eficiência do planejamento com o trabalho efetivamente desenvolvido. Com o epic burndown é possível constatar, principalmente, o que não foi concluído e será adicionado à etapa posterior. E é justamente esse acúmulo de tarefas que deve ser evitado.

5. Diagrama de fluxo cumulativo

Garantir uma sequência de trabalho linear também representa um fator indispensável para o desenvolvimento ágil de ideias. Nesse contexto, o diagrama de fluxo cumulativo permite encontrar os gargalos e deficiências na execução dos projetos.

Nele, o gestor deve marcar no eixo vertical o número de problemas ocorridos e, no eixo horizontal, o tempo. Então, os estágios de fluidez de trabalho são registrados em diferentes cores. Quando existe alguma lacuna na representação gráfica, significa que esses são os obstáculos a serem superados. Essa métrica tem um valor especial para equipes de kanban.

6. Adaptabilidade

O intuito da adaptabilidade consiste em proporcionar uma melhora contínua dos valores produzidos, o que se dá por meio da constatação de ineficiências e otimização de processos.

Assim, se para atingir determinado resultado houve gastos excessivos, mudanças de escopo durante a execução ou alterações de cronograma, será de fundamental importância que sejam promovidas adaptações e que o time consiga se encaixar bem nas novas diretrizes.

A capacidade de se adaptar é um fator que certamente faz a diferença no alcance de um desenvolvimento ágil e efetivo. Afinal, com base nessa métrica torna-se mais fácil reagir aos imprevistos de forma rápida e assertiva.

7. Índice de previsibilidade

O que se pretende com a análise do índice de previsibilidade é rastrear as falhas no processo de desenvolvimento, os defeitos que comprometeram as entregas dos softwares.

Mas, com a implementação dessa métrica na rotina de um empreendimento, sobretudo quando a agilidade dos trabalhos é um tópico que está em pauta, é possível descobrir ainda no curso das tarefas se estamos seguindo na direção certa ou não.

8. Aceleração

Podemos entender a aceleração como uma maneira de atestar a capacidade de adaptação das equipes durante a evolução de um projeto — como elas reagem quando é preciso implementar ações diferentes do que estava estabelecido previamente.

Para chegar a uma conclusão que exprima a realidade fática, a fórmula mais apropriada é lançar um comparativo de desempenho entre os times levando em consideração aspectos como o tempo de entrega das suas missões.

Nesse cálculo, o ideal é que haja um equilíbrio na aceleração desses grupos, pois do contrário as chances de estarmos lidando com um problema de produtividade são altas. Se existe uma disparidade muito grande entre eles, talvez seja um indício de que algo vai mal.

As métricas de desenvolvimento ágil são uma peça-chave para a inteligência corporativa. Mais do que simples ferramentas, elas influenciam diretamente na formação de identidade e de uma cultura para os times de colaboradores. Ademais, é com base em tais medidas que o gestor consegue ter uma visão ampla de seu negócio e direcionar as equipes para uma atuação com mais qualidade, sem que ela deixe de ser produtiva. Isso também contribui para gerar novos insights e um desempenho bem sucedido.

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