Nos últimos anos, a internet passou de um centro de troca de informação para o maior meio de comunicação do mundo. Mais pessoas a utilizam para tudo, de entretenimento a trabalho. Como resultado, também é um ambiente com vários riscos de privacidade, roubo de dados e fraudes — e um conceito que surgiu a partir disso é o Security User Experience, ou SUX.

Se a sua empresa desenvolve qualquer tipo de software, mesmo que apenas para uso interno, então esse é um fator importante a considerar. Muitos negócios podem sofrer prejuízo ou colocar sua rede em risco ao deixá-lo de lado.

Acompanhe e entenda melhor a importância do Security User Experience.

O que é Security User Experience?

O termo foi cunhado por Jared Spools, especialista em usabilidade de tecnologia. É abreviado como SUX, um trocadilho com a palavra em inglês sucks, que significa “ruim”, “chato” ou “inconveniente”.

A maioria já sabe que a segurança online depende tanto dos provedores e empresas quanto do próprio usuário. Porém, muitas dessas medidas de segurança também tornam o acesso mais inconveniente. Como resultado, alguns usuários deixam de executá-los, o que os coloca em risco. No outro extremo, alguns desenvolvedores focam tanto em minimizar o atrito para o usuário que acaba abolindo muitas medidas de segurança necessárias.

A ideia principal do SUX é equilibrar as medidas de segurança necessárias com a melhor usabilidade do sistema. Por exemplo, garantir que um site ainda carrega rápido e é adaptado para aparelhos mobile, mesmo executando todos os protocolos de segurança.

Procedimentos de segurança são necessários, independente de criarem uma experiência agradável ou não. Porém, se eles forem fáceis de executar, sua taxa de aderência também será maior.

Da mesma forma, quando essas medidas de segurança interferem demais na experiência do usuário, isso pode causar prejuízos para a empresa. Por exemplo, um aplicativo que exige muitos passos antes de poder entregar a solução que o cliente busca provavelmente não vai ser utilizado. Ao invés disso, todos os leads vão continuar fazendo contato via telefone ou por outros meios.

Quais são as principais ações de Security User Experience?

Agora que você entende a importância do SUX, é hora de ver como aplicar esse conceito na prática. E sim, isso vai exigir algumas adaptações na forma como você planeja e implementa suas ferramentas para equilibrar segurança e usabilidade.

Confira aqui algumas das principais ações que você deve manter em mente.

Simplifique seu sistema e sua interface

Algumas pessoas acreditam que utilizar procedimentos de segurança mais complexos, com múltiplas senhas e categorizações, é mais seguro. Porém, é justamente o oposto. Primeiro, a complexidade significa que menos usuários vão aderir a esses métodos. Segundo, maior complexidade significa mais oportunidades para cometer erros.

Também é ideal evitar muitas redundâncias ou repetições de segurança. O usuário pode aceitar executar uma verificação extra uma vez por e-mail, mas não vai querer fazer o mesmo em todos os acessos futuros. Uma interface mais simples de explicar e usar também é mais fácil de proteger.

Use autenticação em duas etapas

Outra medida de segurança considerada fundamental hoje é a autenticação em duas etapas. Ela não é muito invasiva nem inconveniente, mas ainda proporciona muito mais proteção para o usuário.

Ela consiste em criar um método secundário de acesso, como um celular ou token, que pode confirmar sua identidade para o sistema. Por exemplo, ao acessar seu e-mail de um novo computador, ele pede que você confirme sua identidade através de um celular registrado. Naturalmente, não é algo que deve ser repetido em todo novo acesso no mesmo aparelho.

Incentive o uso de senhas seguras

Ter uma senha forte já resolve boa parte dos problemas de segurança dos usuários e não é tão inconveniente. Por isso é uma boa prática de Security User Experience incentivar o uso de senhas seguras, com símbolos, letras maiúsculas e minúsculas, entre outras exigências.

Uma forma de tornar a experiência do usuário mais agradável aqui é ter clareza na segurança da senha. Por exemplo, listar todos os fatores exigidos e marcar aqueles que foram atendidos. Dessa forma, você evita a frustração dos usuários ao tentar múltiplas senhas até encontrar uma adequada.

Tenha uma política de privacidade clara

Cada empresa possui sua própria política de privacidade, sendo que algumas diretrizes são definidas pela lei, como a LGPD. Isso inclui vários desde a forma como você mantém contato com os usuários até sua coleta de dados e para quais finalidades eles são usados. Dificilmente um usuário comum vai ler um documento legal detalhando todos esses fatores, mas deve estar disposto a ler um resumo, desde que ele seja bem compreensível.

Invista em segurança de dados

Como mencionamos no começo, uma parte da responsabilidade pela segurança dos usuários cabe ao provedor do sistema. Ou seja, a própria empresa deve ter políticas e ferramentas de segurança de dados em ação a todo momento, os quais não dependem da adesão dos usuários.

Coisas básicas, como um firewall e antivírus ativos em todas as máquinas, nunca podem estar em falta. Quanto maior a quantidade de usuários e mais sensíveis às informações armazenadas no sistema, mais robustas precisam ser as soluções implementadas. E tudo isso deve funcionar no plano de fundo, sem precisar do input do usuário.

Otimize a experiência de acesso

Já mencionamos um pouco esse conceito nos tópicos anteriores, a ideia de que um com Security User Experience equilibra as necessidades de proteção com a melhor experiência do usuário. Boa parte da experiência do usuário depende da otimização de uma página ou ferramenta, do seu tempo de carregamento, latência das respostas e também da clareza no seu uso.

Por exemplo, alguns protocolos de segurança podem deixar o acesso mais lento, dificultar o carregamento ou não são compatíveis com certas máquinas. É importante eliminar esses empecilhos, garantindo que a segurança não cause muita fricção no momento do acesso.

Agora que você entende melhor o que é Security User Experience, pode aplicar esse conceito em suas próprias ferramentas. Seja para uso interno ou para clientes, é fundamental equilibrar o design tradicional com os procedimentos necessários de segurança.

Quer se aprofundar um pouco mais no tema? Então confira também nosso artigo sobre segurança da informação e cibersegurança.


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Confira 5 dicas para formar um squad ágil | Blog Lyceum · 5 de dezembro de 2023 às 11:26

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