Empresas que continuarem receosas com o armazenamento em nuvem tendem a ficar para trás

Quem já migrou para a nuvem garante: este é, definitivamente, um jogo de ganha-ganha. Não dá para fugir, “cloud computing” é o presente e o futuro da tecnologia. É o avanço que está fazendo com que a área de TI das organizações assumam posições mais estratégicas e menos operacionais. Se a empresa ainda tem medo da “nuvem”, seja por questões de segurança, armazenamento, ou porque gosta de reter operações de missão crítica “em casa”, cuidado para não perder o “timing” e ficar para trás.

A maior parte das empresas já percebeu que a cloud, como tem sido chamada a computação virtual que não fica em uma galáxia distante, mas não necessariamente próxima, seja ela pública, privada ou híbrida, agrega um potencial enorme para uma gestão computacional mais eficiente. Porém, a grande preocupação na migração para este novo modelo computacional recai sobre a sua gestão posterior. De acordo com recente pesquisa da Bain & Company, consultoria global de negócios, aplicada em mais de 400 companhias, em geral, as organizações migram apenas 18% da carga de trabalho para cloud e têm como objetivo migrar 50% , mas ainda estão muito distantes da meta.

Elas visam com a cloud a redução de custos, porém a questão é: se os gestores compreendem os benefícios da cloud, o que os impede de investir com mais intensidade nesse tipo de arquitetura?

Apesar de os fornecedores possuírem plataformas de gestão e ferramentas de automação, existe ainda alguma confusão sobre quais as capacidades que estas ferramentas têm de agregar na gestão estratégica de seus ambientes computacionais. Não enxergam claramente vantagens fundamentais, como real redução de custos, ganhos de agilidade, sistemas melhores e maior resiliência às falhas de infraestrutura, isso classificando apenas os ganhos básicos.

Outro obstáculo visível é o dilema de escolher o modelo correto de cloud, entre as alternativas de cloud pública, privada ou híbrida. Muitos gestores acreditam que optar por uma cloud privada vai proporcionar mais potencial de extrair valor para a companhia com mais segurança. Na realidade, nem uma coisa nem outra. Na verdade, obter os benefícios esperados vai depender muito mais do modelo e criticidade do negócio, associados a um projeto bem elaborado, considerando-se , de uma maneira absolutamente racional, a viabilidade técnica e econômica para seguir neste caminho.

Em algumas situações e para determinadas cargas de trabalho – especialmente aquelas que sofrem restrições por compliance, segurança ou requisitos de IP – a cloud privada pode ser de fato a opção mais segura, porém trás em geral apenas 1/3 dos benefícios que podem ser encontrados em ambientes híbridos. Para a nossa realidade brasileira, basta considerar um dos grandes problemas da atualidade e que tendem a piorar devido a mudanças climáticas e os eternos problemas de infraestrutura e falta de planejamento: menos água gera crise hídrica, que gera crise elétrica, que podem fazer muitos Data Centers pararem simplesmente por falta de energia.

A questão portanto é, quem não investir em Cloud Computing , perderá espaço, literalmente. O segredo de uma migração bem sucedida é avaliar o modelo correto para a empresa e ter coragem para enfrentar um reforma completa do modelo tradicional de TI.

As mudanças, de uma forma ou de outra, tem sido norteadas pelas mudanças da tecnologia. A TI sempre esteve em constante alteração e a maior diferença, no caso da computação em nuvem, está em abrir mão do total controle da tecnologia, da propriedade, dos sistemas e ainda assim continuar responsável por eles.

O gerenciamento de infraestrutura está mudando, mas não deixará de existir, apenas incorporará outra forma. É preciso pensar na gestão, interação com fornecedores, análise das soluções, tomadas de decisão, políticas de backup e principalmente, na recuperação de desastres. Enfim é necessário haver uma total integração com os processos e demandas da empresa. A cada dia a TI ganha uma nova roupagem, foco na inovação e nas necessidades dos negócios.

Com a nuvem, o provisionamento de um novo ambiente não precisa levar semanas, meses ou até anos. Em horas é possível disponibilizar ambientes para desenvolvimento, homologação e produção. Bancos de dados podem ser colocados em produção e replicados facilmente, sem contar as vantagens de armazenamento e alta disponibilidade da informação, fundamental no mundo moderno.

O mercado tem mostrado que as empresas que continuarem receosas com o armazenamento em nuvem tendem a ficar para trás e, sem dúvida alguma, com atraso de muitos anos, o que muitas vezes pode ser fatal para a vida de uma empresa. Apostar em inovações tecnológicas é investir em evolução.

Fonte: Computerworld


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