Uma aplicação nativa da nuvem é um tipo que capitaliza as melhores características inerentes ao modelo de fornecimento dos serviços cloud, aproveitando a elasticidade, escala, resiliência e flexibilidade.

Isso permite que as organizações se movam com mais velocidade e agilidade. Com uma arquitetura baseada em microsserviços, essa modalidade possibilita atualizações rápidas e frequentes sem interromper a prestação de serviços, conferindo às organizações uma vantagem competitiva.

Dado o destaque crescente desse recurso, devido a sua excelência, resultados sólidos, facilidade de integração e flexibilidade na entrega de softwares, preparamos este artigo que elucidará os principais pontos, desde as características essenciais até os principais componentes, benefícios e desafios. Boa leitura!

O que são aplicações nativas da nuvem?

Esse termo se refere a softwares desenvolvidos e otimizados especificamente para operar em ambientes de computação em nuvem. Ou seja, essas aplicações são projetadas desde o início para aproveitar os recursos e serviços disponíveis na infraestrutura de nuvem, como escalabilidade automática, gerenciamento eficiente de recursos e a capacidade de integrar-se facilmente a outros serviços nesse modelo.

Ao contrário dos aplicativos monolíticos, que exigem desenvolvimento, teste e implantação como uma entidade única, as arquiteturas nativas da nuvem fragmentam os componentes em serviços interconectados, proporcionando flexibilidade para lidar com a complexidade e aprimorar a velocidade, agilidade e escalabilidade na entrega de software.

Em suma, as principais características de aplicações nativas da nuvem incluem:

  • escalabilidade horizontal: as aplicações podem se expandir automaticamente para lidar com aumentos de carga de trabalho, no que proporciona eficiência na utilização de recursos;
  • desenvolvimento distribuído: com utilização de arquiteturas para garantir que a aplicação possa ser escalada e mantida de maneira eficiente;
  • resiliência: as aplicações nativas da nuvem são projetadas para serem tolerantes a falhas, permitindo que continuem operando mesmo em situações adversas;
  • integração com serviços de nuvem: traz melhor aproveitamento de recursos, como bancos de dados, serviços de autenticação, armazenamento e outros recursos oferecidos pela plataforma de nuvem.

Quais são os seus componentes?

A seguir, apresentaremos as principais tecnologias que compõem as aplicações nativas da nuvem. Acompanhe.

Malha de serviço

É uma camada de software utilizada para supervisionar a comunicação entre microsserviços distintos. A malha de serviço direciona o tráfego entre todas as componentes de uma aplicação que necessitam interagir entre si.

API

Interfaces de Programação de Aplicações (APIs) são conjuntos de recursos, destacando-se os pontos de extremidade de URL, que simplificam a comunicação e a integração entre uma aplicação e outra.

Microsserviços

São os elementos fundamentais das aplicações nativas da nuvem. Esses módulos reutilizáveis e flexivelmente interconectados são concebidos para integração em qualquer ambiente cloud.

Dessa forma, os microsserviços colaboram para a execução da aplicação, sendo que cada um pode ser dimensionado de maneira independente e continuamente melhorado por meio de iterações, proporcionando um desenvolvimento mais ágil e flexível. Geralmente, eles são implementados em contêineres.

Contêineres

Agrupam todas as dependências de uma aplicação, abrangendo código-fonte, sistema operacional e bibliotecas, possibilitando a execução do código da aplicação em qualquer ambiente. Os contêineres viabilizam a execução simultânea de diversas aplicações nativas da nuvem no mesmo servidor, mesmo que dependam de sistemas operacionais distintos.

Infraestrutura definida por software

Substitui dispositivos físicos, como switches, por funcionalidades de hardware virtualizadas que podem ser escaladas de maneira simples e eficiente.

Orquestração dinâmica

A orquestração reduz a complexidade na administração dos ciclos de vida de contêineres, gestão de recursos, distribuição de carga, programação de reinicializações pós-falhas internas e provisionamento de nós em clusters de servidores.

Serviços de apoio

Englobam funcionalidades como intermediários de mensagens, armazenamento de dados, serviços de segurança e capacidades de monitoramento.

Automação

A automação facilita o rápido provisionamento de recursos e atualizações em ambientes de nuvem, agilizando o lançamento e implementação de melhorias sem impactar a experiência do usuário.

Quais são os seus benefícios?

Utilizar aplicações nativas da nuvem traz muito mais do que versatilidade. Entenda porque ela revoluciona.

Maior agilidade

Os microsserviços têm a capacidade de serem dimensionados de maneira independente, possibilitando a atualização rápida de alguns componentes de um programa de software sem a necessidade de atualizar a aplicação como um todo.

Essas aplicações nativas da nuvem proporcionam uma implantação flexível em toda a rede e apresentam maior facilidade no desenvolvimento e iteração.

Portabilidade

Dado que esse recurso pode ser transferido com facilidade entre diversas infraestruturas, as organizações têm a capacidade de evitar a dependência exclusiva de serviços de um único provedor.

Melhor visibilidade

A natureza isolada de uma arquitetura de microsserviços torna mais simples para as equipes de TI compreenderem o funcionamento conjunto das aplicações.

Redução de custos

Essa modalidade possibilita que as organizações tirem proveito da escalabilidade dos serviços em nuvem, eliminando os custos associados ao excesso de provisionamento. Além disso, proporcionam às organizações a capacidade de evitar despesas relacionadas à aquisição e manutenção de hardware e software nas instalações locais.

Gerenciamento automatizado

As aplicações nativas da nuvem contam com a automação para efetuar a implantação de recursos e atualizações, simplificando as atividades das equipes de TI.

Escalabilidade de excelência

Elas fazem uso da infraestrutura definida por software para reduzir a dependência de hardware, incorporando servidores de commodity adicionais que possibilitam a escalabilidade horizontal.

Quais os desafios das aplicações nativas da nuvem?

Apesar das numerosas vantagens inerentes à computação em nuvem, este modelo apresenta tanto pontos positivos quanto negativos a serem ponderados. A adoção da computação nativa em nuvem nem sempre é uma tarefa simples, uma vez que requer não apenas a incorporação de novas ferramentas e tecnologias, mas também demanda mudanças culturais para garantir o sucesso de sua implementação.

Veja abaixo alguns dos principais desafios associados a essa modalidade:

  • situações com sistemas distribuídos e múltiplas partes móveis pode ser complexo na ausência de ferramentas ou processos adequados para gerenciar o desenvolvimento, teste e implantação;
  • incremento nos custos operacionais e tecnológicos ocorre sem uma otimização e monitoramento adequados, dificultando o controle do uso de recursos em ambientes de nuvem;
  • falta de habilidades tecnológicas existentes para lidar e integrar uma pilha de tecnologia mais complexa;
  • hesitação em adotar as mudanças culturais necessárias para implementar tecnologias nativas da nuvem e seguir as práticas recomendadas de DevOps.

O fato é que a computação em nuvem já representa, em média, 42% do processamento nas empresas do Brasil, conforme a Pesquisa Anual do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGVcia). Esse percentual é inédito nos últimos 34 anos e só mostra a necessidade de ter atenção redobrada às tendências para os próximos anos para utilização de apps nativos.

Este foi o nosso artigo sobre aplicações nativas da nuvem para se ter como nota. Um dos seus principais benefícios é contar com escalabilidade horizontal, desenvolvimento distribuído, resiliência e integração com serviços de nuvem, tornando essa modalidade tão estratégica atualmente.

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