Empresas e profissionais de tecnologia estão cada vez mais interessadas no uso da programação de baixo código. Contudo, como evitar os erros no low-code? É importante lembrar que falhas graves podem inviabilizar integralmente um projeto, então todo cuidado é pouco.
A abordagem de criação e modificação de soluções digitais por meio do low-code, por exigir um mínimo de conhecimento em programação e por fornecer interfaces intuitivas para profissionais em diferentes níveis, tem diversos benefícios, como: maior produtividade, automatização facilitada e produtos inovadores.
No entanto, essas vantagens só são obtidas se os desenvolvedores evitaram algumas falhas comuns. Neste post, mostraremos os principais erros low-code e como lidar com eles. Boa leitura!
Índice
Desconhecimento sobre o que é o low-code
Muitas companhias adotam o low-code pelos benefícios óbvios: economizar dinheiro e acelerar o desenvolvimento. Porém, essa estratégia só será bem-sucedida se os gestores mapeaream os gastos que uma estratégia de baixo código pode cortar sem prejuízo para os objetivos.
Uma estratégia baseada no low-code reduz o custo em relação ao número de desenvolvedores necessários em projeto, permitindo que profissionais menos experientes criem funcionalidades avançadas. A agilidade no desenvolvimento também é um benefício, principalmente se componentes forem reutilizados entre os aplicativos.
Tudo isso deve ser somado a processos sólidos de governança, para que um software seja desenvolvido para realmente atender às necessidades do negócio.
Completa ausência de profissionais qualificados nos projetos
Um dos benefícios da programação low-code é que esse modelo diminui a necessidade de desenvolvedores com ampla experiência para que o projeto seja concluído. Isso não significa que a completa ausência de profissionais qualificados nessa especialidade é indicada.
Inclusive, as equipes alocadas em um projeto low-code precisam ter bom conhecimento técnica das plataformas utilizadas. Um meio de garantir isso é utilizar pessoas que tenham certificações e experiência nesse tipo de desenvolvimento.
Do contrário, o projeto corre o risco de se tornar uma plataforma altamente personalizada, que seja difícil de manter ou dimensionar. Aí, corre-se o risco de que toda aplicação tenha que ser desenvolvida novamente — dessa vez, com profissionais que realmente entendam de low-code.
Usuários finais fora dos projetos
Um dos principais erros na implementação do low-code é deixar os usuários finais de fora do processo de desenvolvimento. A falta deles, desde o início, pode levar a variações de orçamento e cronograma — e a ajustes caros.
Além disso, deixar os usuários finais de fora do projeto é algo que trai a própria natureza dos programas low-code. Afinal, essa é a abordagem que empondera os citizen developers, isto é, pessoas que podem modificar os softwares mesmo sem conhecimento em programação.
Deixar os usuários finais utilizarem a aplicação só no fim do projeto pode resultar na inadequação daquela solução, uma vez que ela não terá levado em conta as necessidades de quem a utilizaria. Assim, corre-se o risco de que as pessoas nãos e adaptem à interface e ao funcionamento como um todo.
Falta de mudanças na cultura da empresa
É preciso entender que a cultura da empresa que receberá as soluções low-code precisará mudar, de modo que seus profissionais possam fazer o melhor uso dessas aplicações. Por isso, para se modernizar, é necessário adotar a cultura do citizen development.
Afinal, o valor real das tecnologias tanto de low-code como de no-code só aparece quando os líderes e colaboradores estão dispostos otimizar a forma como trabalham. É preciso se adaptar e adotar novos processos, diferentes da cultura anterior, baseadas em práticas tradicionais de entrega de software.
Definição de objetivos ambiciosos demais
As plataformas de low-code podem ser ferramentas valiosas para viabilizar o desenvolvimento e expandir as oportunidades de negócio da empresa. Mas isso não significa que elas são perfeitas ou que se enquadrarão em qualquer objetivo.
Nesse sentido, um erro fundamental é não considerar algumas limitações técnicas do modelo low-code. Um exemplo: as plataformas podem não funcionar adequadamente ou escalarem naqueles cenários em que os dados estão centrados na integração ou orquestração de serviços em vários sistemas — ou no trabalho com estruturas mais complexas de dados.
Dependendo do escopo do seu projeto, as plataformas low-code não oferecerão a velocidade e a qualidade necessárias para garantir 100% de processamento de grandes volumes de dados em lote. Aí, há grandes chances de que os aplicativos falhem no meio do processo.
Uso de muitas ferramentas simultaneamente
É comum que desenvolvedores utilizem o low-code e o no-code simultaneamente, mas é preciso tomar cuidado para que essas ferramentas trabalhem bem juntas. Um meio de corrigir o problema é treinar cada membro do time no uso de uma única atividade.
Essa especialização conjunta facilitará a implementação de automação de processos, por exemplo. Outro detalhe é que gateways de interface de programação de aplicativos (API), data lakes, plataformas de nuvem e outras ferramentas de integração ajudam melhorar a compatibilidade do sistema com tecnologias de baixo código.
No entanto, eles não abordam os maiores desafios de arquitetura e gerenciamento de dados. Assim, o treinamento dos colaboradores em ferramentas distintas deve ser aliado à modernização da arquitetura de sistemas legados e de melhorias técnicas gerais na infraestrutura.
Perpetuação de processos falhos
O potencial para ferramentas de baixo código é enorme. Com pouco tempo de treinamento, cada membro do time da tecnologia da empresa conseguirá automatizar tarefas e otimizar os fluxos de trabalho, garantindo mais eficiência e precisão aos processos.
Porém, há um detalhe: a empresa precisa melhorar os seus processos de negócio. Afinal, mesmo que você consiga automatizar tarefas, os resultados continuarão aquém do desejado, se as rotinas não forem melhoradas.
Um equívoco comum é achar que a automatização de tarefas, proporcionada pela programação low-code, transformará os processos para melhor, sem intervenção dos gestores. Isso só será possível se houver um planejamento anterior, para que as boas práticas sejam complementadas pelas ferramentas digitais.
Nesse sentido, uma dica é começar automatizando as etapas mais propensas a erros nos processos, como aquelas que geram um nível maior de retrabalho. A partir daí, os projetos só tendem a melhorar.
Para implementar o low-code de maneira bem-sucedida em seus projetos, as seguintes dicas devem ser consideradas:
- transformação de profissionais em citizen developers;
- definição de um MVP (Mínimo Processo Viável);
- utilização de uma ferramenta low-code estabelecida no mercado, de preferência uma plataforma híbrida que também possibilite o uso do high code.
Agora que você entendeu os principais erros no low-code e como evitá-los, já terá mais precisão nos seus próprios projetos. Lembre-se de que é importante testar o produto entre os usuários finais, utilizar uma equipe multidisciplinar e melhorar os seus próprios processos antes de apostar em uma estratégia de baixo código.
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