A geolocalização em aplicativos é algo que se tornou comum com a popularização dos dispositivos móveis (smartphones, tablets, notebooks etc.). Ela tem a função primordial de segmentar vários serviços de acordo com a nossa localização geográfica, tais como:

  • anúncios online;
  • mapas;
  • informações;
  • georreferenciamento.

Pela perspectiva das empresas que desenvolvem e/ou mantêm aplicativos, as oportunidades de negócios geradas pela geolocalização são vastas – serviços como Waze e Uber são ótimas demonstrações de como a tecnologia pode ser altamente rentável.

No entanto, sendo o seu objetivo inserir a geolocalização em aplicativos desenvolvidos em sua empresa, é importante compreender o funcionamento desse recurso e, evidentemente, como implementá-lo. Quer saber mais? É só continuar a leitura deste artigo!

O que é geolocalização?

Em uma definição básica, a geolocalização é um recurso tecnológico que faz o rastreamento de um dispositivo por meio de uma conexão remota. Essa conectividade varia entre três métodos: GPS (sistema de posicionamento geográfico), GSM (sistema global para comunicações móveis) e wireless (via Wi-Fi, por exemplo).

O primeiro deles, o GPS, é estabelecido por meio de sinais de satélite. Cabe destacar que existe um método incremental chamado A-GPS, também conhecido como GPS assistido. Sua diferença está no uso de torres de telefonia para estabelecer comunicação com os sinais de satélite.

Por sua vez, o GSM funciona por ondas de rádio. Diferentemente dessas duas tecnologias de longo alcance, o uso do wireless consiste na utilização da internet sem fio de acordo com o limite do roteador – útil em ambientes fechados e movimentados, devido à interferência de sinais externos.

Em aplicativos móveis, a geolocalização é acionada pelo software, que se comunica com o sistema operacional. Este aciona o kernel, que, por sua vez, aciona o hardware. Para se beneficiar da funcionalidade, o programa pode recorrer a algumas tecnologias.

Quais são as funcionalidades da geolocalização?

Devido à abrangência de possibilidades que oferece, a tecnologia de geolocalização tem sido utilizada em diferentes aplicações. Veja a seguir algumas de suas principais funções.

Geobehavior

Como consta no próprio termo (behavior), essa modalidade foi desenvolvida para traçar perfis comportamentais a partir de determinadas regiões. Ela analisa hábitos do público e traça padrões úteis para o processo de construção de produtos, serviços ou campanhas de marketing.

Dito isso, podemos afirmar que a geobehavior proporciona uma série de informações fundamentais para que as melhores estratégias sejam elaboradas, a fim de que empresas alcancem o sucesso na hora de direcionar suas campanhas.

Pense no caso de um shopping, por exemplo. Entender quais são os períodos do dia em que as salas de cinema têm maior movimentação pode ajudar na captação de clientes. Considerando que o volume de consumidores é alto, as chances de que a estratégia gere efeitos positivos são significativas.

Geoprocessamento

Não é nenhuma novidade que cada decisão tomada exige bastante análise para que as informações sejam processadas. O mesmo raciocínio se aplica ao geoprocessamento, por isso, é correto afirmar que essa metodologia/tecnologia é direcionada ao tratamento de dados.

O fato é que as informações geográficas são relevantes para análises espaciais. Podemos observar isso no caso da Nasa, que realizou análises das queimadas da Floresta Amazônica, por exemplo.

Esse tipo de análise apresenta informações cruciais para que se possa avaliar o nível de impacto ambiental, planejamentos de rotas, estratégias para redução de danos, estudos de viabilidade para o estabelecimento de uma hidrelétrica, entre outras questões.

Desse modo, aplicativos ou softwares que utilizam tecnologia de geoprocessamento podem ser muito úteis para jornalistas, geógrafos, estatísticos e até mesmo profissionais de marketing. Ferramentas de desenvolvimento de mapas interativos ou de análise foram criadas com a finalidade de atender às mais variadas necessidades, como o Mapbox, o Waze e o Google Maps, por exemplo.

Geomarketing

As aplicações mais usuais da geolocalização estão voltadas para o setor de marketing. Isso se dá pelo fato de que essa técnica utiliza a localização de um determinado público para definir estratégias que podem ser voltadas para diversas causas, como reforço de reputação, divulgação de produtos ou serviços, entre outras ações.

A geolocalização utiliza a análise de dados geográficos para identificar tendências comportamentais mercadológicas, monitorar a concorrência e, dessa forma, gerar informações importantes para a correta tomada de decisões para as estratégias de marketing.

Quais são as tecnologias mais populares?

Para que a geolocalização seja inserida em um aplicativo, a equipe de desenvolvimento tem diferentes tecnologias à disposição para acionar a função no aparelho. A mais típica delas é o mapa. Por meio dele, o usuário recebe serviços e tem a experiência otimizada de acordo com a localização.

Outro recurso bastante adotado hoje em dia é o georreferenciamento em tempo real. A partir das informações captadas pelo mecanismo, o usuário consegue acompanhar no mapa as coordenadas de um motorista, por exemplo. Essa função é comum em serviços como Uber e, também, nos sistemas de entrega da Amazon.

Completando a lista temos os sensores Beacon, conhecidos pela capacidade de detectar – via Bluetooth ou aplicativo, se instalado – a aproximação de um dispositivo, identificá-lo e, então, encaminhar anúncios diretamente. A estratégia geralmente consiste em anúncios atrativos, como promoções exclusivas e “relâmpago”, para instigar quem os recebe a ir até a loja.

Vale salientar que, independentemente da tecnologia, o aplicativo deve oferecer um nível de segurança em relação aos dados e informações que trafegam na rede. O uso da geolocalização não pode oferecer riscos à confidencialidade, ou seja, a privacidade do público tem de ser preservada.

Quais são as desvantagens da geolocalização?

Certamente, a maior desvantagem que a geolocalização enfrenta é o sentimento de insegurança e invasão de privacidade que os usuários de aplicativos têm quando informações muito pessoais são solicitadas.

A quantidade de pessoas que deixam de instalar aplicativos pelo fato de terem a geolocalização solicitada não é irrelevante. Sendo assim, empresas que investem nessa tecnologia precisam oferecer vantagens consideráveis em troca da informação.

Em determinados casos, vale mais a pena eliminar alguns recursos que não se mostram tão necessários para evitar abrir mão dos dados valiosos que essa tecnologia proporciona aos usuários de aplicativos.

Que tipos de mercado podemos explorar com a geolocalização?

Reforçando o que dissemos no início do conteúdo, a geolocalização traz muitas possibilidades para que empresas e investidores obtenham um ótimo retorno. Mas o que podemos destacar em meio às tendências do mercado? Abaixo, elencamos cinco exemplos de como explorar esse poderoso recurso.

Jogos de realidade aumentada

Desde o lançamento do game Pokémon GO, o surgimento de jogos que funcionam a partir da geolocalização do smartphone tornou-se uma forte tendência. Isso vem fortalecendo ainda mais uma indústria que está decolando: o desenvolvimento de games para plataformas mobile.

Portanto, empresas que já atuam no ramo tendem a gerar receitas significativas com o uso da geolocalização em aplicativos. Não é exagero afirmar que o próprio fator GPS já atrai a atenção do público-alvo.

Atividades esportivas

Uma das principais características do público da internet é o alto grau de instrução. As pessoas têm à disposição uma infinidade de conteúdos sobre assuntos diversos, o que as leva a buscar hábitos e um estilo de vida saudáveis. Diante disso, é comum que elas “se encontrem” no esporte.

Por meio da geolocalização, os usuários conseguem mapear lugares em que eventos acontecem ou em que grupos de pessoas se reúnem para praticar atividades em comum, como ciclismo, crossfit e corrida. Enquanto os aplicativos denotam poder social, eles ajudam a desenvolver um nicho de grande potencial para os vendedores locais.

Serviços de entrega

Não se trata de uma novidade, mas é inegável o crescimento dos serviços de pedidos online (sobretudo no setor alimentício) que utilizam a geolocalização para otimizar a experiência do usuário. No Brasil, temos o iFood como a mais notável referência do ramo.

As vantagens da tecnologia nesse meio são a agilidade para rastrear e acompanhar o pedido, o que é bem útil para serviços de entrega em geral, como os Correios, e a busca por estabelecimentos locais com base na proximidade.

Estabelecimentos físicos

Engana-se quem acredita que a geolocalização só é explorada por empresas que atuam online. Lojas físicas, por exemplo, conseguem usufruir da tecnologia de maneira útil, viável e lucrativa. O mais interessante disso tudo é que os estabelecimentos podem diversificar as estratégias com base na localização geográfica.

Por exemplo, um restaurante local pode usar a geolocalização para disparar anúncios de promoções a quem estiver navegando pela web nas proximidades, bem como encontrar influenciadores relevantes com base no contexto geográfico (rua, bairro, microrregião, entre outros).

Interações sociais e comunidades

A geolocalização é um excelente instrumento para conectar pessoas. Afinal, a partir do instante em que o usuário compartilha a sua localização, ele pode encontrar seus amigos, servir de ponto de referência e se comunicar com outras pessoas em sua área para dividir interesses em comum (usando apps como o hicup, por exemplo).

Outra possibilidade (já bem difundida, aliás) é o compartilhamento de localização aliado a uma marca, como ocorre no aplicativo Foursquare. Ou seja, tanto usuários quanto estabelecimentos físicos podem se beneficiar da geolocalização – estes últimos para fortalecer a marca, logicamente.

Agora que você conheceu os principais aspectos da geolocalização em aplicativos, que tal inseri-la em seus projetos? Quanto a isso, recomendamos a utilização de uma plataforma adequada para desenvolver aplicações com esse recurso.

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