Os frameworks para desenvolvimento de softwares representam algumas das ferramentas mais importantes para a criação de novos aplicativos e sistemas web. Eles ajudam a encapsular as funcionalidades de alto nível com maior agilidade e eficiência, reduzindo o tempo de trabalho das equipes de TI.

No entanto, você sabe quais são os principais frameworks existentes?

Neste artigo, listamos os 10 mais importantes, com base na aceitação e utilização pelos profissionais e gestores da área

frameworks para desenvolvimento de software

Continue a leitura e confira!

1. Springboot

O Springboot é a evolução do framework Spring. Apesar de existir há um bom tempo e ser famoso entre os desenvolvedores, sua evolução o deixou um pouco complexo. Agora, para definir um sistema, em vez de escrever diversos miniarquivos em XML no projeto, o usuário deve atuar diretamente nas anotações realizadas dentro do código-fonte.

Trata-se de um framework MVC (Model-View-Controller). Esse modelo de arquitetura tem por objetivo separar as representações das informações do usuário ao interagir com elas. Quem vai desenvolver um JavaScript com essa arquitetura, por exemplo, terá uma boa ferramenta em mãos, a qual oferece uma ampla gama de funcionalidades CRUD (Create, Read, Update, Delete).

As principais vantagens do Springboot envolvem o fato de que ele já define uma série de convenções de desenvolvimento e que todos conhecem bem como os objetos são nomeados e organizados na arquitetura.

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É mais utilizado na parte de back-end de linguagens em JavaScript e indicado para quem vai desenvolver um sistema web do tipo REST (Representational State Transfer), que visa disponibilizar aos usuários informações armazenadas no seu banco de dados ou back-end para facilitar a criação de aplicações direcionadas a qualquer tipo de dispositivo (web ou mobile).

2. Bootstrap

O Bootstrap é um framework mais direcionado para o aspecto visual das aplicações. Ele tem o poder de encapsular diversas funcionalidades de CSS (Cascading Style Sheets) que, juntas, vão contribuir para a criação de uma página bonita e com funcionalidades padronizadas. Como tem um apelo visual forte, torna-se intuitivo, deixando qualquer desenvolvedor à vontade e seguro no processo de criação.

É mais indicado para trabalhos no HTML5 e que visam agregar responsividade a interfaces, deixando as páginas adaptáveis a qualquer tamanho de tela de dispositivo. O mais importante é que a ferramenta faz tudo isso sem comprometer as funcionalidades, a estrutura e o layout do aplicativo.

Dessa forma, a mesma coisa vista ou feita em um celular pode ser transmitida a um tablet, computador ou monitor de TV. O usuário define as regras na sua interface e ela vai saber se adaptar automaticamente a esses diferentes tamanhos.

3. Cordova

O Cordova tem como objetivo simplificar e padronizar o desenvolvimento de aplicações híbridas para mobile. Como os códigos nativos de iOS e Android são bem diferentes, o framework atua compilando e traduzindo uma linguagem de HTML5, por exemplo, para a linguagem do sistema operacional utilizado no celular. Assim, a sua aplicação pode funcionar da mesma forma em qualquer dispositivo.

Por exemplo: se você desejar criar uma aplicação que seja híbrida e rode em diversos celulares, usar o framework open source do Cordova será uma alternativa eficiente, já que ele é exclusivo para criações do tipo mobile.

Para facilitar ainda mais, no site do Cordova, é possível encontrar bibliotecas de códigos prontos. Afinal, apesar das particularidades de cada marca e modelo de dispositivo, existem funcionalidades padrões e comuns entre eles, o que padroniza o acesso nos mais diversos aparelhos.

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Funções como ligar a câmera e acionar o GPS, por exemplo, costumam ter códigos semelhantes entre os dispositivos e a ativação desses recursos acaba sendo igual para todos. Quando houver códigos em comum entre os aparelhos, o Cordova mostrará em sua biblioteca, permitindo o seu uso.

Entre as principais vantagens, o Cordova se destaca por impulsionar a produtividade, uma vez que uma estrutura de códigos para múltiplas plataformas pode ser criada a partir de um bloco de notas — sem a necessidade de profissionais especializados e hardwares para cada plataforma. Além disso, a ferramenta é capaz de produzir aplicativos aptos para serem publicados nas Apps Stores, outro ponto positivo.

4. Angular

Diferentemente dos frameworks para desenvolvimento mobile discutidos anteriormente, o Angular é utilizado especialmente para fazer a ligação entre o front-end e o back-end em web e desktop. Ele permite a criação de um modelo de aplicação baseado em Single Page Application (aplicação de página única) representado pela sigla SPA.

Nesse modelo de aplicação, o desenvolvedor traz para o browser uma imagem, como se fosse uma visão do back-end, na qual o usuário vai trabalhar. O angular faz com que a página trabalhe de forma automática, com um modelo próprio definido. Geralmente, esse framework é mais utilizado para projetos em HTML5.

5. React

O React é uma biblioteca de JavaScript muito utilizada pelos desenvolvedores para criar interfaces de usuário. Isso corresponde a visualizar as páginas no padrão Model-View-Controller e ser usado em combinação com outras bibliotecas de JavaScript ou frameworks no MVC, como o Angular.

Ele permite criar aplicações de grande porte para diversas finalidades na web, oferecendo flexibilidade para fazer alterações de maneira fácil ao longo do tempo. O objetivo do React envolve principalmente entregar velocidade, simplicidade e escalabilidade à produção de aplicações.

6. Ionic

O Ionic é um framework completo (SDK — Software Development Kits) de código aberto, utilizado principalmente para o desenvolvimento de aplicativos móveis híbridos. Ele fornece ferramentas e recursos de desenvolvimento baseados em tecnologias da Web, como CSS, HTML5 e Sass.

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Seu diferencial é a ferramenta de construção de interface que é estruturada no modo de arrastar e soltar, tornando o trabalho muito mais intuitivo. Depois de prontas, as aplicações podem ser distribuídas por Apps Stores de aplicativos nativos para serem baixadas e instaladas em qualquer dispositivo.

7. Material Design

Em 2014, o Google lançou um framework chamado Material Design. Trata-se de uma evolução feita em cima do Bootstrap para apresentar um visual padrão do Google, ficando mais limpo e organizado.

Quem já está acostumado a trabalhar com o Gmail e Google Drive, por exemplo, se identificará facilmente com o framework, o que pode agradar muitos desenvolvedores. O objetivo do Material Design é tornar a página mais limpa e fácil de ser compreendida no browser.

8. Flutter

Trata-se de um framework de UI (User Interface) para dispositivos mobile, também desenvolvido pela Google. O objetivo é criar interfaces multiplataforma nativas de alta qualidade para os sistemas operacionais Android e iOS. Essa ferramenta gratuita trabalha com códigos open-source preexistentes e tem uma utilização bastante difundida nas organizações ao redor do mundo. O padrão visual das informações lembra muito os estilos do Material Design.

Para criar aplicações no Flutter, é preciso conhecer um pouco mais sobre a linguagem de programação Dart. A proposta, aqui, é entregar soluções ahead of time (AOT). Com isso, os códigos-fontes são compilados antes da execução das instruções.

Para tanto, utiliza-se o pacote Skia para renderização de imagens 2D. Desse modo, o carregamento dos apps, games e animações ocorre de uma maneira mais leve e fluida. Isso melhora bastante os padrões de usabilidade e experiência do usuário.

9. Corona SDK

Esse é um framework grátis com desempenho rápido e suportado pelas linguagens de programação Lua e C++ nos sistemas operacionais Windows e MacOS. Ele foi criado pela companhia CoronaLabs, com base nas ferramentas de computação gráfica Box2D, OpenGL ES e OpenAL.

Além disso, o Corona SDK contém várias APIs para desenvolvimento multiplataforma nos ambientes Kindle Fire, iOS, Android e Nook Color. Assim, consegue-se criar aplicativos com mais praticidade, velocidade e flexibilidade.

Recomenda-se o Corona SDK para o desenvolvimento de games em 2D, chamadas de áudio, criptografia, GPS e widgets. Para tanto, pode-se utilizar dois modos de operação: Corona Simulator e Corona Native. Por meio do Simulator, é possível criar apps rapidamente com auxílio da interface gráfica. Já no modo Native, consegue-se integrar os códigos em Lua aos pacotes do Android Studio e Xcode.

10. JQuery Mobile

Um framework de desenvolvimento web via HTML5 e CSS3 adaptado para as interações touch. Trata-se de uma ferramenta portável capaz de rodar em vários dispositivos com diferentes sistemas operacionais com a mesma versão dos códigos-fontes. O JQuery Mobile tem duas variantes: a customizada e última versão estável. É possível também otimizar o funcionamento das aplicações por meio de bibliotecas e plugins.

Essa ferramenta utiliza muitas das funções da jQuery e jQuery UI. Com isso, consegue-se criar layouts responsivos com divisão em colunas, widgets, abas, toggles e sliders. O JQuery Mobile é compatível com tablets, dispositivos móveis e e-readers. Além disso, as aplicações também rodam nos sistemas desktop: MeeGo, Android, Blackberry, Palm WebOs, FireFox Mobile, iOs, Windows Phone 7, Nokia/Sybian, Opera Mobile/Mini, Kindle e Nook.

Como você pode perceber, cada um desses frameworks pode ser utilizado em diferentes etapas do desenvolvimento da aplicação — o que tornaria muito difícil gerenciar o trabalho e aumentaria o tempo total de produção. Talvez você não saiba, mas existe uma ferramenta de orquestração para os frameworksutilizados, o que pode melhorar os níveis de produtividade dos times de TI.

Deste modo, os desenvolvedores de sua equipe não precisam conhecer cada framework em particular, pois têm tudo o que necessitam para criar aplicações em apenas um ambiente, sem se preocupar em alternar entre as opções manualmente. Se algo melhor e mais produtivo surgir no mercado, o provedor da ferramenta se encarrega de atualizar, adicionar ou substituir o framework para garantir sempre a qualidade da produtividade na plataforma.

Com a utilização das ferramentas mais adequadas e de acordo com a demanda, os gestores das equipes de TI têm a possibilidade de considerável redução de custos, além da otimização do tempo de desenvolvimento.

Apresentamos, neste artigo, os principais frameworks voltados ao desenvolvimento de softwares. Reúna sua equipe, escolha uma ferramenta de orquestração e entregue, ao seus clientes, produtos melhores e desenvolvidos de forma mais ágil e eficiente.

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