O Banco Central anunciou recentemente uma novidade que revolucionará as transações financeiras. Você sabe o que é o PIX?
A transformação digital vem crescendo a cada dia que passa e novas soluções vêm surgindo.
Uma das novidades recém-anunciadas é o novo meio de pagamento instantâneo, que será mais uma opção junto aos modelos já conhecidos: TED, DOC, cartões para que pessoas físicas e jurídicas realizem e/ou recebam pagamentos, entre outros.
Neste post, você vai entender o que é o PIX, seu funcionamento e como se preparar para a novidade que funcionará a partir de 16 de novembro!
Continue conosco.
O que é o PIX?
Anunciado em 19 de fevereiro de 2020 pelo Banco Central (BC), o PIX entra em cena no mercado financeiro como um novo método de pagamento instantâneo.
O diferencial está na velocidade com que as transações online serão realizadas: em até 10 segundos, o valor já estará disponível na conta.
Outra novidade, é que as transações financeiras também não dependerão de dias úteis e/ou horário do banco, ou seja, será possível realizar transferências e pagamentos 24 horas, 7 dias por semana, inclusive em feriados, por meio do aplicativo do banco instalado no smartphone.
A revolução digital já é um cenário existente, porém, com as mudanças nos padrões de consumo e uma sociedade cada vez conectada, é imprescindível que haja o acompanhamento das novas tendências por meio do desenvolvimento de soluções que promovam agilidade, eficiência e qualidade no serviço prestado, sem deixar a segurança de lado.
As fintechs, empresas responsáveis pelo redesenho da área de serviços financeiros baseadas em tecnologia, são crescentes. Só em 2020, as fintechs brasileiras cresceram 34% levantando quase US$ 1 Bilhão em investimentos.
Bancos digitais já fazem parte do cotidiano de muitas pessoas. Basta apenas um toque na tela do smartphone, através do aplicativo, para resolver alguma pendência, realizar solicitações, pagamentos e até obter atendimento instantâneo via chat, além de realizar transações sem custos e sem anuidade em alguns casos.
Desta forma, as longas filas para conseguir falar com a gerência e a burocracia presente em alguns procedimentos, dão lugar à inovação, agilidade e redução de custos para ambas as partes.
Embora o PIX tenha sido criado pelo Banco Central, quem irá oferecer a solução às pessoas físicas e jurídicas, são os bancos, meios de pagamento e fintechs.
A sigla PIX deriva do termo “pixel” e representa a transformação digital no setor financeiro.
Como o PIX funciona?
Ao realizar uma transferência por meio do aplicativo da instituição financeira instalado no smartphone, o usuário terá a opção de utilizar o PIX, ao invés de apenas o TED ou DOC.
Para usar o novo método de pagamento instantâneo, o usuário deverá criar a chave PIX. Ela representa o endereço da conta no sistema de pagamento.
A criação da chave de identificação pode ser realizada das seguintes formas:
- CPF / CNPJ
- Número de telefone celular
- Chave aleatória em que é possível receber um PIX sem fornecer dados pessoais. O seu formato consiste em um conjunto de números, letras e símbolos gerados de forma aleatória que identificará a conta do destino de recursos.
Onde criar a chave?
Para criá-las, basta acessar os canais de atendimento do banco ou instituição financeira em que possui conta. O processo de criação e registro podem ser feitos por meio do aplicativo instalado no smartphone, internet banking, ou, nas agências.
Após o registro, a instituição deverá enviar um código por SMS para o número de celular que foi cadastrado, ou, para o endereço de email fornecido.
Este código deverá ser inserido no canal de acesso disponibilizado pela instituição financeira ou de pagamento, como uma forma de autenticação digital.
A chave PIX vincula uma das informações básicas (e-mail, celular ou CPF) às informações completas que identificam a conta bancária do cliente.
Pessoas físicas podem ter cinco chaves para cada conta da qual for o titular. Já as pessoas jurídicas, podem ter 20 chaves para cada conta.
Uma dúvida comum é relacionada à quantidade de contas bancárias. O usuário poderá utilizar o PIX em quantas instituições financeiras desejar.
É importante ressaltar que não será possível ter várias contas cadastradas em uma mesma chave, no entanto, é possível vincular várias chaves para uma mesma conta.
Quais são os objetivos?
Diante de um cenário de tantas mudanças, podem surgir dúvidas comuns sobre o por quê da existência de uma solução.
Agora que você sabe o que é o PIX e o seu funcionamento, entenda o motivo do surgimento do novo método de pagamentos online:
- Digitalização e universalização dos meios de pagamento do Brasil;
- Redução da circulação de cédulas e moedas;
- Agilizar e desburocratizar transações financeiras, preservando a segurança dos pagadores e recebedores;
- Prevenir e combater a lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo
- Redução de custos para as instituições e para os clientes, entre outros.
Outro objetivo do PIX é a inclusão financeira, onde mais de 45 milhões de pessoas passarão a ter acesso aos serviços financeiros no país. As transações poderão ser realizadas entre:
- Pessoas físicas;
- Pessoas físicas e empresas;
- Entre empresas;
- Para órgãos públicos (no caso de impostos e taxas);
- Entre Governo e cidadãos.
A implementação do open banking também será fortalecida com a chegada do PIX.
O Banco Central anunciou em meados de junho de 2020 regras iniciais para o novo sistema, cujo objetivo é a descentralização dos dados bancários e a criação de um ecossistema integrado.
Dentre os serviços ofertados pelo novo sistema de pagamento criado pelo Banco Central, estão:
- Transferências de dinheiro instantâneas entre pessoas e empresas (gratuita para pessoas físicas);
- Pagamento de contas, faturas, boletos;
- Recolhimento de impostos e taxas de serviços;
- Pagamento de compras online e em estabelecimentos físicos;
- Saques na rede varejista.
As transações citadas acima, poderão ser realizadas via QR Code estático ou dinâmico, via chave de endereçamento (senha digitada no aplicativo) ou via tecnologias de aproximação.
Entenda a diferença entre os QRs Code’s:
- QR Code dinâmico: Será renovado a cada compra
- QR Code estático: Poderá ser usado em múltiplas transações, além de permitir a definição de valor de um produto ou pelo pagador.
Tchau, TED e DOC!
Com as mudanças provocadas pela transformação digital, os já conhecidos TED e DOC estão com os dias contados!
A Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC), funcionam apenas em dias úteis e podem cobrar até R$ 20,00 em uma única operação.
No entanto, a chegada do PIX promete revolucionar a forma de realizar transações financeiras e reduzir custos.
Quais são os impactos do PIX para minha empresa?
De acordo com a FecomercioSP, as pequenas e médias empresas terão uma mudança direta relacionada ao PIX, no fluxo de caixa.
Isso quer dizer que o dinheiro passará a estar disponível na conta diretamente, sem a intermediação dos bancos, permitindo assim, o acesso aos valores em finais de semana, feriados e após o expediente bancário.
Atualmente as empresas dependem da intermediação de terceiros para a realização das transações (maquininhas, bandeiras de cartões, entre outros).
Com o PIX, haverá a redução dos intermediários e consequentemente a redução de custos para a empresa, já que não será preciso pagar taxas às adquirentes ou bandeiras.
As maquininhas também parecem estar com seus dias contado, já que as transações serão realizadas por QR Code ou transferência direta.
As empresas poderão ser cobradas com uma taxa fixa por transação ao receber ou realizar pagamento e nas transferências.
Porém, é válido salientar que o responsável por essa cobrança de taxa é o banco e ela será opcional.
Em entrevista ao InfoMoney, o CEO da Dinamo Networks, Marco Zanini avalia que “a depender de onde a empresa tem conta, pode ser que pague ou não uma taxa para receber. Vejo uma futura “guerra de tarifas”, com os bancos competindo entre si para cobrar um valor irrisório ou até mesmo isentar seus clientes da taxa”.
Dados divulgados pelo Banco Central, apontam que a operação de débito tem custo de 1% para o estabelecimento e a tarifa PIX será menor.
O PIX é seguro?
Sim. O Banco Central (BC) desempenha dois papéis importantes neste novo modelo de pagamento online.
O primeiro, refere-se à definição das regras de funcionamento do PIX e, o segundo, refere-se à gestão das plataformas operacionais, provendo as infraestruturas tecnológicas necessárias.
- Infraestrutura: Liquida as transações entre instituições distintas e permite a realização do pagamento em segundos.
- Plataformas: Desenvolvidas e operadas pelo Banco Central, permitem que o pagamento seja feito a partir de informações simples e de forma intuitiva.
Todo o processo é realizado de forma transparente e democrática, além de contar com a participação intensa de agentes de mercado.
Neste post, você entendeu o funcionamento do novo meio de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central. Gostou do conteúdo? Compartilhe em suas redes sociais!
0 comentário