O que você prefere: usar uma metodologia de desenvolvimento ágil ou o modelo cascata? Ao longo dos últimos anos, esses dois modelos de criação de sistemas estão mudando a forma como as empresas definem estratégias. Cada um tem seus pontos-chave, e saber escolher o ideal é fundamental para que o negócio atinja os objetivos esperados.

Para isso, é preciso compreender os princípios de cada um e de que forma funcionam suas etapas de desenvolvimento. Dessa maneira, será possível avaliar qual é a metodologia mais indicada de acordo com a estrutura de sua empresa e time de TI. Quer saber quais são as bases do modelo ágil e do método em cascata? Então, continue lendo este post!

Quais são os princípios do desenvolvimento ágil?

As metodologias de desenvolvimento ágil foram criadas diante da necessidade de flexibilizar as rotinas de criação de softwares e dar mais agilidade para os times se adaptarem a qualquer tipo de mudança. Em geral, elas são mais maleáveis e têm as bases para que as equipes possam entregar resultados rapidamente.

Ao contrário dos métodos tradicionais, não há necessidade de apresentar todos os recursos para efetuar uma alteração. No ciclo ágil, em geral, cada etapa tem uma duração curta. Como o gerente de produto tem uma visão abrangente sobre todos os aspectos do programa, pequenas mudanças podem ser feitas facilmente.

Além disso, a priorização de etapas é mais simples: caso exista a necessidade de criar rapidamente uma função, basta alocar um time pequeno para executar a tarefa. Em geral, as metodologias ágeis funcionam a partir de quatro princípios:

  • foco nos indivíduos e nas suas interações diante de procedimentos e ferramentas;
  • funcionalidades do software priorizadas perante a criação de uma documentação abrangente;
  • colaboração do cliente acima de uma negociação e definição de contrato;
  • elevada capacidade de resposta a mudanças.

Os ciclos de desenvolvimento mais curtos são uma das maiores vantagens da metodologia ágil. Eles permitem que a empresa mantenha um contato maior com o cliente e faça mudanças sempre que for necessário.

Em um intervalo menor, resultados são apresentados e, a partir do feedback obtido, correções são feitas. Como consequência, as chances de o negócio conseguir sucesso com a iniciativa são muito maiores.

Quais as etapas do desenvolvimento ágil?

Basicamente, o desenvolvimento ágil é formado por um conjunto de ciclos incrementais e interativos que determinam as atividades envolvidas em um projeto. Existem diferentes ferramentas que utilizam essa metodologia de desenvolvimento, como Scrum, Kaban, eXtreme Programming (XP), entre outras, que contam com fases diferenciadas entre elas. Confira, a seguir, como são as etapas no framework Scrum.

Product Backlog

Trata-se de um levantamento sobre as funcionalidades do produto a ser desenvolvido. Além disso, é feita uma classificação de prioridades na qual se determina a ordem de execução considerando critérios como custo, risco e outras avaliações para priorizar as tarefas e distribuí-las a seguir.

Sprint Planning e Sprint Backlog

A Sprint Planning é uma fase de planejamento feita com base no resultado do Product Backlog. Na prática, é feita a definição de quais itens do Backlog serão feitos e de que forma as atividades serão distribuídas entre a equipe de desenvolvedores.

Sprints

As Sprints são as interações ou ciclos, que podem ter a duração entre uma semana e um mês, em que são realizadas as atividades que tragam valor para o cliente. Isso significa que são feitas as entregas de funcionalidades do software sempre que uma Sprint é finalizada. Vale ressaltar que as Sprints se repetem até a entrega final do produto.

Quais são os princípios do desenvolvimento em cascata?

O modelo de desenvolvimento de software em cascata é mais antigo e estabelecido do que as metodologias de desenvolvimento ágil. Em poucas palavras, ele envolve a criação de ferramentas a partir de etapas bem definidas, como:

  • análise;
  • projeto;
  • teste;
  • codificação;
  • implementação;
  • manutenção.

Ele é conhecido por ter uma estrutura mais engessada, com poucas aberturas para mudanças no meio do caminho.

Esse modelo está perdendo lugar para as metodologias ágeis, por serem consideradas mais flexíveis e rápidas. No modelo de cascata, há menos comunicação com o cliente, por exemplo. A comunicação ocorre sempre ao fim de cada etapa, que, em função da maneira como é estruturada, tende a ser mais longa do que em metodologias ágeis. Em outras palavras, o cliente só vê o resultado no final.

Diante disso, o modelo em cascata exige que a empresa faça uma análise completa dos requisitos antes de cada etapa. Assim, é possível evitar riscos e garantir a entrega de um produto de acordo com as necessidades do cliente. As principais vantagens são:

  • etapas bem estruturadas e planejadas;
  • maior foco nos processos de planejamento;
  • etapas que se iniciam apenas quando o cliente está de acordo com o que foi feito na fase anterior.

Porém, ao longo dos últimos anos, esse modelo tem apresentado alguns problemas quando comparado com os modelos ágeis. O principal está na necessidade de o cliente definir todos os objetivos e requisitos de um sistema logo no início do projeto, o que deixou de ser uma necessidade de grande parte do mercado.

Com pouco espaço para mudanças, o resultado só é visto ao término do desenvolvimento de cada parte da aplicação. A agilidade também pode ser prejudicada. Em alguns momentos, o trabalho de um time pode ser travado até que outra equipe complete suas tarefas. Assim, as chances de atrasos são ampliadas.

Em resumo, o desenvolvimento em cascata, também conhecido como sequencial linear, waterfall ou ciclo de vida clássico, é um dos métodos mais antigos para a criação de sistemas. Derivado dos modelos industriais, ele tem como maior foco criar uma rotina de desenvolvimento padronizada e com boa organização e pode ser implementado em diversos projetos, independentemente do seu porte.

Quais as etapas do modelo cascata?

O desenvolvimento em cascata é formado por fases específicas que precisam ser devidamente finalizadas para que a próxima etapa se inicie. Confira, a seguir, as requisições de cada uma.

Levantamento de requisitos

Trata-se da fase de levantamento dos requisitos do projeto, na qual é feita a interação com o usuário para entender as solicitações e funcionalidades do sistema. Nesse momento, são observados o objetivo do sistema, a definição de seu escopo e suas limitações.

Análise e projeto

A fase de análise e projeto consiste na elaboração detalhada da documentação e o desenho da solução. Portanto, nessa etapa são feitos os projetos de banco de dados, a especificação dos requisitos funcionais e não funcionais e a definição da arquitetura de software.

Implementação e testes

A fase de implementação consiste na programação da solução propriamente dita, ou seja, é o momento de fazer o desenvolvimento do sistema, conforme as especificações técnicas definidas na fase de projeto. A seguir, são feitos os testes funcionais do sistema. É o momento de identificar falhas e eliminar os problemas encontrados.

Implantação e manutenção

Com todo o sistema devidamente testado e as falhas corrigidas, chegou o momento da implementação, ou seja, é a entrega do software para o usuário final. Já a manutenção consiste nas alterações necessárias após a entrega do sistema, seja para corrigir falhas, seja para implementar novas funcionalidades.

Qual é o melhor momento para utilizar cada metodologia?

A definição de qual modelo de criação de sistemas é o mais adequado para o negócio vai variar conforme o tipo de software que o empreendimento pretende fazer. Portanto, o primeiro passo para definir a escolha ideal é conhecer o perfil da aplicação, de seu usuário e seus requisitos. Assim, o gestor consegue avaliar a melhor metodologia para o sistema.

Em muitos casos, a metodologia de cascata é escolhida pela sua formalização maior. Quando um time terceirizado é contratado para criar uma aplicação, por exemplo, esse modelo tende a ser o preferido: por dar menos espaço para mudanças e ter um escopo muito claro desde o início, delegar responsabilidades para terceiros torna-se mais seguro.

Já nas metodologias ágeis, as mudanças ocorrem entre cada etapa. É possível adicionar, remover ou modificar funcionalidades entre as fases facilmente, graças ao foco na comunicação. Nos casos em que isso for mais importante, um método de desenvolvimento ágil pode ser a melhor escolha.

Em resumo, a principal diferença entre uma metodologia ágil e um método em cascata está na abertura a mudanças. No primeiro caso, elas podem ser feitas no fim de cada etapa. Já no desenvolvimento em cascata, as alterações podem ser feitas apenas no término do projeto.

Dessa forma, o modelo em cascata traz mais controle para a empresa. Em alguns casos, isso pode ser fundamental, especialmente quando se está criando uma aplicação que precisa de um grande número de funcionalidades já definidas logo nas etapas iniciais.

Já o desenvolvimento ágil traz mais flexibilidade para a empresa. O foco nas pessoas permite que os times trabalhem com o máximo de produtividade sempre. Porém, os gestores devem estar atentos à necessidade de controlar o orçamento e evitar que atrasos se tornem frequentes.

Em projetos de grande porte, as metodologias podem, inclusive, ser utilizadas lado a lado. O modelo de cascata daria as bases para o gestor definir requisitos de maneira mais abrangente, enquanto os métodos de desenvolvimento ágil criariam o ambiente para que os times atuem com agilidade e precisão. Assim, a companhia consegue ter o máximo de performance para atingir as metas facilmente.

Quais problemas são enfrentados em cada uma delas?

Como mencionamos, existem vantagens e desvantagens em cada modelo de desenvolvimento. Na metodologia em cascata, o ciclo de vida de desenvolvimento faz com que o processo seja longo e pouco flexível, pois é preciso finalizar todo o projeto antes de implementar novas funcionalidades.

Já a metodologia ágil é mais indicada para o desenvolvimento de projetos maiores. Além disso, suas etapas e boas práticas devem ser seguidas para obter um resultado satisfatório.

Entender as diferenças entre o modelo cascata e a metodologia ágil é importante para identificar a melhor alternativa de acordo com a necessidade de desenvolvimento de software. O Cronapp oferece uma ferramenta completa que permite o desenvolvimento de soluções de forma rápida, com tecnologias modernas e totalmente na nuvem, ou seja, são características essenciais para desenvolver sistemas com agilidade e mais liberdade.

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