Dentro dodesenvolvimento de softwares há um dinamismo em relação aos processos de negócios. Isso significa que as regras responsáveis por nortear tais processos não são imutáveis, como acontece em outras áreas. Dito isso, o refactoring consiste em uma forma de assegurar que um código continuará com um bomdesign, de modo a facilitar manutenções e implementações de novas funcionalidades.

Ao longo deste texto explicaremos melhor sobre o funcionamento do refactoring e por que é tão importante usá-lo no desenvolvimento de software. Além disso, falaremos de como os gestores podem atuar para promover essa prática dentro da empresa.

Interessado em saber mais acerca do tema? Então continue a leitura do nosso artigo até o final!

O que é refactoring?

O refactoring consiste em alterar o código interno de uma aplicação, mas sem alterar o seu comportamento externo. Com o passar do tempo, é comum que a qualidade de um código fique menor, principalmente quando muitos desenvolvedores estão envolvidos nosprojetos. Cada colaborador tem uma forma diferente de programar, o que pode, no médio e longo prazo, tornar o código difícil de entender e manter. Para assegurar a legibilidade, refatorar consiste em procedimentos como:

  • alterar o nome de uma variável, método ou atributo;
  • remover acoplamentos desnecessários;
  • eliminar duplicações de código.

Vale também salientar que o código deve ser refatorado em caso de adição de nova funcionalidade ou correção de problema. Portanto, o refactoring não deve ser tratado de maneira separada do desenvolvimento, ele é parte integrante desse processo. O programador deve ter em mente que, como a refatoração não altera o comportamento da aplicação, ele não requer debug. Na prática, isso significa que, quanto mais cedo ele começar a adotar o refactoring, maiores as chances de evitar grandes problemas no futuro, como bugs complexos e falta de legibilidade do código.

Como o refactoring funciona?

Quem faz refactoring precisa, antes de tudo, ter capacidade analítica sobre o design do código e maturidade de desenvolvimento. Para ocorrer a refatoração, deve-se ter em mente três etapas: modificação, teste e commit. Uma base de código funcional é gerada a cada interação, de modo a ter o mesmo comportamento de antes do refactoring. Essa garantia é feita justamente pelos testes, que devem ser escritos previamente. O commit é importante pois, caso o teste fique quebrado, a versão anterior do código não se perderá.

Qual a importância do refactoring?

Refatorar se torna ainda mais essencial quando muitas pessoas atuam em um mesmo projeto. Como falamos, as chances de código duplicado e muito encapsulamento aumentam bastante quando as equipes de desenvolvimento são grandes. Acompanhe a seguir os principais benefícios obtidos por meio do refactoring.

Facilita o entendimento do código

Um código comentado e sem duplicações se torna mais legível a quem fará a sua revisão. Consequentemente, na hora de realizar manutenções e inserção de novas features, o procedimento se torna mais rápido. Além disso, pode acontecer de um desenvolvedor se desligar da empresa, de modo que o seu substituto tenha de lidar com o código. A refatoração, portanto, facilita o entendimento não só dos profissionais internos como também dos que entrarão posteriormente.

Ajuda a localizar bugs mais facilmente

Equipes de desenvolvimento costumam trabalhar com prazos apertados. Logo, é comum que alguns problemas do código fiquem despercebidos em um primeiro momento. O refactoring faz com que os bugs sejam identificados e corrigidos antes de se tornarem uma bola de neve dentro do código, o que contribui para o estouro dos prazos acordados com o cliente.

Favorece o uso de metodologias ágeis

Muitas aplicações hoje são desenvolvidas por uma metodologiaágil. Isso porque as incertezas são constantes nesse tipo de projeto, o que requer flexibilidade por parte das equipes. Dito isso, o refactoring é algo que favorece o uso de métodos comoScrum e XP, uma vez que contribui para o bom design interno do código, facilitando a correção de bugs e inserção de novas funcionalidades.

Como o gestor pode atuar para promover o refactoring?

Gestores devem estar atentos se algumas práticas estão sendo realizadas dentro da empresa para promover o refactoring. Nas subseções a seguir explicaremos sobre três pontos fundamentais: documentação, eliminação de código morto e testes.

Exigir documentação do código

Existem várias formas de fazer uma documentação de código. A mais simples é fazendo comentários, de modo a facilitar o entendimento sobre cada parte do programa, no intuito de facilitar a identificação de bugs e agilizar a inserção de novas features. Outra boa maneira de documentar é usar, por exemplo, o Rdoc e o JSdoc.

O primeiro é acessado via prompt de comando e é usado em códigos escritos em Ruby ou C. Além de organizar e formatar os comentários, o Rdoc pode gerar o documento da aplicação no formato HTML. Já o JSdoc é formado por anotações que servem para identificar as classes, variáveis e métodos de uma aplicação.

Eliminar “código morto”

Algumas partes de um programa são conhecidas por “código morto” pelo fato de que não se sabe ao certo se ele será usado no futuro. Uma das consequências disso é que pode prejudicar procedimentos como manutenções na aplicação, portanto, o certo a fazer é eliminar tais ocorrências e lançar mão de alguma ferramenta de versionamento, uma vez que ela dá ao programador acesso às versões anteriores do código.

Fazer testes

Já falamos aqui no texto, mas vale reforçar: testes devem ser escritos antes de um código ser refatorado. Testar ajuda a verificar se a aplicação não sofreu quebras e se o comportamento externo permanece inalterado.

OTDD (Test Driven Development), ou desenvolvimento orientado a testes fornece duas premissas sobre como proceder: a primeira é de que, se houver falha no teste automatizado, é preferível reescrever o código do que refatorar, e a segunda é que as redundâncias devem ser removidas da aplicação.

O refactoring é responsável por assegurar que um código continuará com um bom design, fácil de manter e implementar novas funcionalidades. Como vimos, é uma prática que requer maturidade e capacidade analítica pelo profissional, trazendo ganhos de produtividade às equipes e facilitando o uso das metodologias ágeis.

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