Você sabe o que é software livre? Quando o tema vem à tona, é comum pensar que se trata da distribuição gratuita de programas de computadores. Porém, seu conceito envolve manter os dados abertos para que seus usuários o utilizem conforme suas necessidades. 

Entender sua definição, bem como reconhecer suas características é fundamental para quem atua na área de TI. Afinal, o software livre pode ser adotado com o intuito de otimizar o dia a dia das equipes e trazer melhores resultados para o negócio. Então, continue a leitura deste artigo para saber mais!

O que é software livre?

Ao analisar a origem do conceito, softwares são programas de computadores que oferecem aos seus usuários a chance de executar algumas ações. Entre elas, escrever textos, criar e editar imagens, construir gráficos e tabelas, entre uma infinidade de atividades. Em poucas palavras, servem para otimizar o nosso dia a dia.

Porém, para utilizar alguns deles é preciso adquirir uma licença de uso. Afinal, o computador vem apenas com programas básicos, que nem sempre suprem as nossas necessidades. De olho nisso, surgiram os softwares livres.

Mas o que é software livre? De acordo com a definição do GNU — sistema operacional que ofereceu liberdade de uso e abriu o caminho para o conceito — software livre é o programa que respeita a liberdade, bem como o senso de comunidade. 

Isso significa dizer que seus usuários são livres para executar, copiar, alterar, melhorar e distribuir o software. Portanto, quando falamos em software livre, associamos o conceito à liberdade de acesso ao código fonte. 

Então, é mais uma questão de liberdade do que preço. Isso não impede que o programa seja monetizado ou distribuído de forma gratuita. Porém, diferente dos softwares proprietários que almejam retorno financeiro e precisam de autorização antes de passar por qualquer tipo de mudança, softwares livres são produzidos de forma colaborativa. 

Com livre acesso ao código fonte e a ajuda de desenvolvedores do mundo todo, o objetivo é aperfeiçoar programas de acordo com as necessidades de seus usuários. Entre os exemplos mais comuns, podemos citar o Linux, Firefox, LibreOffice, Audacity e o WordPress.

Origem do software livre

Quem criou o conceito de software livre foi a Fundação para o Software Livre (FSF ou Free Software Foundation), fundada em 1985 por Richard Stallman. Aliás, vale ressaltar que ele também é o idealizador do GNU. Para ele, softwares proprietários são restritivos e, de certa forma, discriminatórios. Assim sendo, um software livre precisa atender pré-requisitos:

  • liberdade de executar o programa independentemente do seu propósito; 
  • liberdade de estudar suas funcionalidades e adaptar o programa de acordo com suas necessidades, seja parra uso particular ou para distribuir;
  • liberdade de redistribuir cópias do software — versão original ou modificada — com o intuito de ajudar outros usuários;
  • liberdade de aperfeiçoar o programa em prol de toda a comunidade, mantendo o livre acesso ao código fonte para que todos se beneficiem com as mudanças.

Quais as principais características do software livre?

Agora que você já sabe o que é software livre, bem como os pré-requisitos que caracterizam um e a origem do conceito, vamos nos aprofundar um pouco mais. Abertura do código fonte, adaptação e distribuição livre são algumas das principais características. 

Abertura do código fonte

Para que os desenvolvedores possam fazer alterações, o software livre oferece acesso ao seu código fonte. Assim, os profissionais podem promover mudanças e propor melhorias contínuas, adequando o programa ao seu uso específico. Isso também traz mais segurança, já que ao visualizar as linhas de código, você tem uma visão geral das informações. 

Adaptação às necessidades

A abertura do código fonte abre o caminho para que os desenvolvedores possam adaptar os programas de acordo com suas necessidades de uso específicas. Desse modo, o software pode ser modificado por qualquer pessoa que tenha conhecimento em programação. As mudanças, por sua vez, não prejudicam nem o desenvolvedor, nem o usuário.

Distribuição livre

Como o próprio nome já sugere, além de ser uma das liberdades que tratamos no tópico anterior, a distribuição livre é um ponto central. Isso significa que sua licença não pode ser comercializada, seja em sua versão original ou modificada. Caso os desenvolvedores optem pela venda, outros usuários estão livres parra fazer novas alterações.

Fontes de suporte diferenciadas

Outra característica comum, além de ser uma das preferidas pelos entusiastas de software livre, é o acesso a fontes de suporte diferenciadas. Aliás, compartilhar documentação já é algo bastante cultural dentro da comunidade de desenvolvedores. E não seria diferente aqui. Por isso, fóruns são alimentados constantemente para dar suporte aos usuários.

Possibilidade de aperfeiçoar

Com todo o respaldo à disposição para propor modificações no software, as possibilidades de aperfeiçoamento são infinitas. Sem contar o alto grau de personalização, que considera as necessidades da sua equipe em prol de gerar melhores resultados. Isso pode aumentar a produtividade e otimizar o dia a dia no desenvolvimento de projetos.

Trabalhos derivados

Por fim, o software livre deve contar com permissão para a produção de trabalhos derivados, assim como modificações diversas. Isto é, significa proporcionar a possibilidade de criar um programa a partir de um ou mais softwares existentes. Dessa forma, os direitos de trabalho derivado são concedidos para trabalhos com conteúdo original.

Quais as vantagens e desvantagens do software livre?

Assim como todos os recursos na área da tecnologia, o software livre tem suas vantagens e desvantagens. Um dos maiores benefícios para as empresas é a licença aberta, o que ajuda a cortar ou reduzir os custos. O pagamento de licenças para uso de determinados programas pode representar uma enorme despesa.

Além disso, vale lembrar que a compra de um software proprietário, muitas vezes, permite o uso em um único computador. Se você tem uma equipe que precisa de acesso ao programa, terá que comprar mais licenças, o que encarece o custo do programa.

Outra vantagem é o acesso ao código fonte, bem como a possibilidade de fazer modificações de acordo com as necessidades do negócio. Isso ajuda a prever e a acelerar a correção de bugs, além de melhorar a qualidade do código e do software de forma contínua.

Já entre as desvantagens envolvidas no uso do software livre, uma delas é que nem sempre o programa é gratuito. Também é importante encarregar uma equipe a fazer manutenções quando necessárias. Por último, priorizar a integração entre os times responsáveis, uma vez que há pessoas com níveis diferentes de conhecimento trabalhando em um mesmo projeto.

Seja como for, o software livre é um recurso a mais para suprir os desafios das equipes de TI. Seu uso pode ajudar a aumentar a produtividade dos times, otimizar a entrega de projetos e gerar melhores resultados para as empresas. Sem contar que reduz gastos com licenças de uso, enquanto oferece a possibilidade de personalização conforme suas necessidades específicas. 

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