A tecnologia está dando grandes saltos, ainda mais com essa era de IAs crescendo a todo vapor. No entanto, não apenas em questão de processamento ou ampliação de funções deve-se ter atenção no uso de softwares, mas principalmente na forma como é apresentada.

Hoje em dia, a qualidade da interface de um aplicativo é tão importante quanto sua funcionalidade. Por isso que, ao desenvolver um software, você deve investir também na qualidade da interface gráfica.

Para ajudar a esclarecer melhor o assunto, neste artigo, explicaremos sobre a interface do usuário e suas características importantes, além de abordar quais os pontos que precisam ser planejados para atingir bons resultados. Confira.

O que é a interface gráfica?

A Interface Gráfica do Usuário, frequentemente referida como Graphical User Interface (GUI), refere-se a interação com dispositivos digitais com elementos visuais.

Atualmente, ela tem presença marcante em computadores, smartphones e até dispositivos com touchscreen, representando de maneira visual o código de programação com uma versão mais estética.

Ou seja, é o tipo que usa símbolos e linguagem visual para estabelecer essa comunicação. Quando você toca em um ícone no seu celular ou clica em um link em um site, por exemplo, está recorrendo à interface gráfica daquele sistema para poder acessar a informação que precisa dentro da máquina.

Entenda como ela funciona

A interface gráfica do usuário emprega uma gama de tecnologias e dispositivos para criar uma plataforma intuitiva para interação do usuário.

Em computadores pessoais, por exemplo, a combinação de janelas, ícones, menus e ponteiros é conhecida como WIMP (Windows, Icons, Menus, Pointer).

Essa estrutura utiliza um mouse como dispositivo de ponteiro para gerenciar a execução de aplicativos e apresentar informações organizadas em janelas representadas por ícones. Além disso, para facilitar a interação entre janelas, aplicativos e o sistema de janelas, um gerenciador é utilizado.

Como a interface gráfica é composta?

Ela consiste em vários elementos projetados para simplificar a interação com os computadores. Confira alguns dos principais.

Ícones

São imagens gráficas que representam programas, pastas e arquivos. Sua função é possibilitar que os usuários identifiquem e acessem de maneira simples os recursos do sistema, no que contribui para uma experiência mais intuitiva.

Janelas

São elementos visuais que possibilitam aos usuários observar as informações, abrir arquivos e acessar páginas da web. As janelas também oferecem a flexibilidade de serem movidas, redimensionadas e organizadas em fila, conforme as preferências do usuário.

Menus

São conjuntos de comandos organizados em forma de texto, botões ou imagens. Tem como principal função agrupar os diferentes comandos disponíveis no dispositivo, tornando a interação dos usuários com os programas mais fácil e ágil.

Botões

São as partes interativas da interface gráfica do usuário, ativando ações quando pressionados. São comumente empregados em interfaces gráficas para executar comandos, submeter formulários e interagir com os programas.

Ponteiros

São empregados para selecionar, apontar e interagir com os elementos presentes na GUI. Esses elementos simplificam a navegação e a manipulação de conteúdo na tela.

Como as interfaces gráficas do usuário surgiram?

O surgimento das primeiras marcou uma evolução a partir dos padrões antigos que dependiam de chaves ou dispositivos. Inicialmente, as máquinas eram controladas por meio de cartões perfurados ou outras mídias semelhantes.

Também nos estágios iniciais da computação, os modelos não tinham interação direta com os humanos e executavam apenas uma função específica. Consequentemente, a necessidade de uma interface gráfica não existia.

A concepção de uma GUI foi apresentada pelo engenheiro, inventor e político Vannevar Bush.

Enquanto trabalhava na Xerox, Bush percebeu que o armazenamento de informações não era eficiente. Isso o levou a desenvolver o Memex, uma máquina feita para armazenar dados de forma mais eficaz e oferecer um método mais prático para recuperá-los do sistema.

Com isso, mesmo em 1962, as interfaces de texto representavam um avanço significativo para a época.

O surgimento do Smalltalk no começo dos anos 90 delimitou o começo do conceito de interfaces visuais no dispositivo. Ele apresentava uma linguagem de programação e um ambiente de desenvolvimento com uma interface gráfica inovadora.

Com bordas e barras de título, essas interfaces permitiam que os usuários as identificassem e reposicionassem conforme necessário. Nessa mesma época, o conceito de ícones e menus de contexto também teve início.

A partir desse ponto, a GUI começou a evoluir, incluindo recursos como barras de rolagem, caixas de diálogo, botões de opções e também usado em softwares internos.

Quais são as características de uma boa interface gráfica do usuário?

A qualidade da interface do usuário faz uma grande diferença em sua experiência de uso. Você provavelmente já deve ter sentido o desafio ao usar aplicativos que não possuem um design pensado para o usuário.

Se deseja desenvolver softwares com melhor experiência do usuário, oito princípios devem ser seguidos. Acompanhe.

Adaptabilidade

Quando o usuário comete algum erro ao interagir com o seu software, é importante que ele tenha um feedback sobre o que fez errado ou mesmo uma correção automática do seu erro. 

Digamos que o usuário usa uma ferramenta de pesquisa para encontrar uma funcionalidade ou arquivo dentro do sistema, mas troca um dígito na barra de busca ou usa um termo diferente. Se o aplicativo não for adaptável, ele não responderá a uma mensagem incorreta.

Uma solução seria adicionar um corretor, oferecer uma resposta aproximada ou ter vários termos relacionados ao mesmo objeto de busca. Dessa forma, o usuário encontra o que precisa mais rapidamente.

Atratividade

Mesmo que o visual não seja a prioridade para o aplicativo, uma boa interface gráfica do usuário precisa ser minimamente atrativa aos olhos. Isso inclui o uso de cores e formas que não cansem a vista, imagens de qualidade adequada, uma identidade visual forte, entre outras coisas do tipo.

Além de contribuir com a impressão que seu software passa, também é uma forma de torná-lo mais reconhecível quando visto pelo público.

Clareza

A prioridade para qualquer aplicativo desenvolvido hoje é sua clareza de uso e de suas informações. Quando o usuário clica em um ícone ou insere um comando, o ideal é que ele saiba exatamente o tipo de resposta que terá. E boas interfaces também permitem que essa compreensão ocorra em menos tempo.

Compreensão

Como a tecnologia digital é amplamente distribuída hoje, é comum encontrar usuários que se adaptam rapidamente a todo tipo de software. Porém, ainda existem muitas pessoas que têm dificuldades para compreender toda a informação na tela. Quando cometem algum erro, pode ser difícil descobrir o que precisam mudar.

Uma boa interface gráfica do usuário também deve incluir algum feedback para determinadas ações, especialmente quando o usuário comete um erro. Além disso, também deve haver alguma orientação sobre qual é a ação correta a ser tomada após esse erro.

Consistência

À medida que os usuários se familiarizam com o seu software, eles também vão começar a entender qual a linguagem visual da interface. Por isso é importante manter essa mesma linguagem em todos os aspectos do design.

Digamos, por exemplo, que você usa um símbolo “+” para adicionar objetos a listas em quase todos os aspectos do seu software. Porém, em um contexto, ele “+” passa para a próxima página de um conteúdo. Essa inconsistência na sua linguagem pode causar confusão e dificultar a experiência do usuário.

Eficiência

Uma boa interface gráfica do usuário deve ser prática e direta, comunicando tudo que o usuário precisa saber com o mínimo de esforço. Informação em excesso apenas desorienta seu usuário.

Familiaridade

Quando falamos em uma interface intuitiva, o que estamos nos referindo, na verdade, é um modelo que segue certas convenções de design. Ou seja, o seu software possui algumas funcionalidades comuns que todo usuário espera que ocorram da mesma maneira.

Por exemplo, ao acessar um site, você espera que clicar na logo te leve de volta à página principal. Quando isso não ocorre, você terá que buscar uma rota alternativa, o que pode ser mais demorado.

Objetividade

Na maioria dos casos, uma orientação direta é mais útil do que informação detalhada e exaustiva. Concentre-se em entregar tudo que o usuário mais precisa saber, sem dificultar a sua compreensão.

Que outros tipos de interface do usuário existem?

A interface gráfica do usuário é apenas uma das opções disponíveis, além de ser a mais comum. Porém, você pode fazer uso de outras em determinados contextos. Veja as principais.

Linha de comando

É a interface original usada para interagir com a máquina. Em vez de gráficos, tudo é comunicado com linhas de código, comandos e respostas de texto do computador. Pessoas que trabalham com programação são bem familiarizadas com esse modelo.

Interface de voz

Um dos principais avanços da tecnologia foi a capacidade de interagir com a máquina por voz. Algo que melhorou a acessibilidade desses recursos para pessoas com deficiência.

Cérebro-computador

Ainda em desenvolvimento, esse tipo de interface foi criada para permitir o controle de certos comandos usando ondas cerebrais. Sua principal aplicação hoje é no controle de próteses mecânicas.

Quais serão as tendências para o futuro?

As principais inovações da interface para os próximos anos abrangem:

  • mudança de interface — uma das transformações mais significativas será a transição gradual do telefone como o epicentro do controle tecnológico. Há alguns anos, era uma novidade poder desligar o abajur por meio de um aplicativo para smartphone. Agora, essa funcionalidade poderá realizada utilizando um simples anel;
  • descentralização do controle — vestir os aplicativos será a nova realidade, bem como controle dos dispositivos por meio da voz e personalizar até mesmo o funcionamento dos seus eletrodomésticos e brinquedos. Seu próprio corpo será o principal meio de controle;
  • carros 100% inteligentes — atualmente, um aplicativo conhecido como “car mode” integrado no carro já está sendo testado. Ele ativa quando o veículo está acelerando e não permite o usuário usar o celular, além de responder mensagens e ligações avisando que o condutor está na direção.

A interface gráfica do usuário transformou radicalmente a maneira como nos relacionamos com os computadores, tornando os dispositivos mais acessíveis e amigáveis. Como se pode perceber, ela possibilita que os usuários visualizem e manipulem informações de forma intuitiva, com elementos visuais como janelas, botões, menus e está em constante evolução.

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