Muitas empresas já adotam a automação em seus processos. No entanto, o escopo de atuação está limitado à execução de tarefas burocráticas e repetitivas. Por isso, o conceito de hiperautomação precisa ser conhecido no meio corporativo, no intuito de trazer ainda mais melhorias e proporcionar, de fato, o ingresso das organizações na transformação digital. 

Quanto mais integrados e automatizados forem os processos em uma empresa, maiores serão as chances dela de se destacar no mercado, de modo a expandir a base de clientes e obter diferenciais competitivos. Ao longo do texto, explicaremos melhor sobre o conceito da hiperautomação, qual a importância do seu uso pelas empresas, dicas de como implementá-la no negócio, seus principais benefícios, e muito mais.

Ficou interessado em se aprofundar no tema? Continue até o final a leitura do nosso artigo!

O que é hiperautomação?

É uma abordagem correspondente a um conjunto de conhecimentos e tecnologias que viabilizam a automação de ponta a ponta nos processos de uma empresa. Dessa forma, o negócio passa a ganhar em agilidade, tornando-se cada vez mais competitivo e preparado para lidar com as demandas futuras do mercado.

A hiperautomação, portanto, tem por objetivo lidar com etapas como:

  • descoberta do processo;
  • análise;
  • design;
  • automatização;
  • medição de desempenho;
  • monitoramento.

Os três principais pilares da hiperautomação consistem na Inteligência Artificial, RPA (ou automação robótica de processos) e o chamado iBPMS, ferramentas que gerenciam processos de negócios inteligentes. Em relação à IA, vale salientar que ela provê um leque maior de possibilidades, principalmente se for adotado o Machine Learning, que é capaz de receber dados de forma não estruturada e transformá-los em informação estratégica. 

Qual a diferença da hiperautomação para automação de processos?

Essa é uma confusão bastante comum e, portanto, é fundamental saber as diferenças entre eles para saber quando adotar cada um deles. Para isso, vamos explicar melhor o que é automação de processos, já que você viu antes o que é a hiperautomação.

A automação de processos trata de realizar uma tarefa de forma automatizada, normalmente executada de modo simples, relacionada com uma ação específica. Já a hiperautomação é uma operação mais complexa, que visa automatizar e coordenar o máximo de funções interligadas e criar formas de realizar procedimentos.

Em certa medida, toda hiperautomação passa, de alguma forma, pela automação de diversos processos, mas não é só isso. É preciso mudar a lógica de ação interna para ser possível ter os resultados esperados.

Assim, os métodos tradicionais de execução operacional não conseguem oferecer o suporte necessário para a hiperautomação. E é por isso que se torna fundamental, caso você vá adotá-la em seu negócio, contar com profissionais especializados para isso.

Isso porque é preciso, muitas vezes, mudar a cultura da empresa, trazendo-a para a transformação digital, para que seja possível garantir melhores resultados. Então não deixe de contar com bons parceiros, ok?

Em quais setores a hiperautomação pode ser aplicada?

Como identificar se o seu negócio está apto para passar pelo processo hiperautomatizador? Ele é totalmente versátil e, portanto, pode ser aplicado em diferentes áreas, entre elas:

  • e-commerce;
  • franquias;
  • academias;
  • setor imobiliário;
  • setor de tecnologia e desenvolvimento;
  • distribuidoras;
  • bares, entre outras.

Todas as empresas que trabalham, de alguma forma, com procedimentos repetitivos e que têm um padrão podem contar com a hiperautomação em seu dia a dia para conseguir melhores resultados.

Quais são os elementos da hiperautomação?

Para entender como esse aprimoramento pode ser implementado nas organizações, é importante compreender quais são os elementos que o compõem. Vamos entender melhor cada um deles a seguir.

  • RPA: o Robotic Process Automation é uma aplicação que permite hiperautomatizar uma série de processos corporativos, permitindo manipular dados, comunicações instantâneas, disparar envios de mensagens, entre outros pontos.
  • Machine Learning: também chamado de “Aprendizado de Máquina” e visa obter encontro de padrões a partir da análise de inputs de dados e, além disso, propor previsões a partir das tendências encontradas previamente;
  • IA: a possibilidade de utilizar ferramentas tais como o próprio Machine Learning, Deep Learning, entre outros pontos, para simular o processo analítico de raciocínio humano;
  • Big Data: obtenção, armazenamento e análise de um alto volume de dados, proveniente de diferentes fontes;
  • Chatbots: são programas computacionais projetados para simular conversas humanas por meio de interfaces de texto ou voz. São frequentemente usados para fornecer suporte ao cliente, responder a perguntas frequentes e automatizar solicitações simples;
  • Cobots: são robôs colaborativos desenvolvidos para trabalhar em colaboração com seres humanos. Eles são úteis em ambientes de produção, onde auxiliam os trabalhadores em tarefas repetitivas, entregando maior eficiência operacional.

Por que é importante que as empresas invistam em hiperautomação?

A transformação digital exige que as empresas invistam em tecnologias capazes de otimizar processos de forma integrada. Isso proporciona uma dependência menor da capacidade humana, que no caso do ambiente de negócios, consiste em tomadas de decisão e nível de propensão ao aprendizado. 

Afinal, quando a hiperautomação é adotada, os processos tendem a ocorrer de forma fluida, rápida e com pouca incidência de erros, gerando vários impactos ao negócio, como será visto posteriormente no texto.

Se você deseja hiperautomatizar sua empresa, saiba que é preciso seguir alguns passos para os resultados esperados serem alcançados. Por isso, acompanhe os tópicos a seguir!

Alinhar com os objetivos do negócio

O primeiro passo antes desse tipo de implementação é saber os problemas que a sua empresa deseja atacar. Se o negócio tem, por exemplo, dificuldade em reduzir custos operacionais ou se deseja ingressar na transformação digital, é preciso fazer um levantamento de todas as necessidades e adotar a hiperautomação com base nelas. 

Planejar de forma estratégica também ajuda a companhia no quanto à captação de recursos. Em outras palavras, o alinhamento aos objetivos do negócio contribui para que o valor investido com tecnologias e conhecimento não seja excessivo e nem insuficiente. Caso seja difícil ter uma gestão sistêmica, de modo a fazer o levantamento de todas as necessidades, uma boa alternativa pode ser a consulta aos responsáveis de cada setor da organização.

Mapear e otimizar processos

Após alinhar a hiperautomação com os objetivos do negócio, o próximo passo é esquematizar processos, de modo a avaliar o que pode ser simplificado, eliminado ou automatizado. Essa visualização mais sistêmica do negócio permite identificar os gargalos e pontos de retrabalho que estão prejudicando o bom fluxo das atividades.

Uma das técnicas que pode ser empregada nesse mapeamento é o Process Mining, ou mineração de processos. Ele possibilita uma maior precisão na análise de informações contidas nos bancos de dados da empresa. As três principais fases dessa prática consistem em:

  1. Descoberta: é a fase de organização das informações que serão processadas, bem como de criação de um cenário do mundo real;
  2. Confirmação: consiste na comparação entre o cenário teórico e real;
  3. Melhoria: como o nome sugere, busca realizar ajustes nos processos, sempre prezando pela máxima eficiência.

Definir o plano de ação

O plano de ação possibilita aos gestores saber, por exemplo, quais tecnologias podem ser empregadas de modo a promover a hiperautomação. Aqui vale ressaltar que o negócio deve ser imaginado sob uma perspectiva diferente da tradicional. Em outras palavras, é preciso um olhar digital, capaz de visualizar como ocorreria a automação dos processos de ponta a ponta. 

Desenvolver o projeto

É nessa etapa que são desenvolvidos os projetos pilotos e os mínimos produtos viáveis da hiperautomação. Uma das práticas que pode ser bastante útil para dar rapidez e fluidez ao processo é o DevOps, metodologia no qual os profissionais de desenvolvimento de software e operações atuam em conjunto.

Durante o desenrolar do projeto, o foco na melhoria contínua é fundamental para que todas as partes envolvidas sejam controladas e gerenciadas corretamente.

Analisar os indicadores de desempenho

A análise dos indicadores permite saber se a hiperautomação está ou não gerando os resultados esperados. As métricas devem ser escolhidas corretamente, de modo a evitar, por exemplo, que informações desnecessárias sejam analisadas, o que diminui o foco no que realmente interessa ao negócio. Além disso, devem ser feitos comparativos com os objetivos que foram traçados na primeira etapa.

Quais os benefícios que a hiperautomação proporciona às empresas?

Com base no conceito e na importância da hiperautomação para as companhias, é possível obter diversos ganhos, relacionados com:

  • escalabilidade, uma vez que essa abordagem é aplicada de ponta a ponta nos processos da empresa, promovendo o crescimento sustentável no volume de operações;
  • aumento de produtividade;
  • melhora da satisfação do cliente;
  • inserção em um novo contexto tecnológico;
  • aceleração dos processos de digitalização;
  • facilidade de processos ágeis;
  • foco maior nas atividades humanas, migrando a mão de obra para atividades gerenciais, que envolvem um maior planejamento e criatividade.

Além de tudo que falamos, é fundamental mensurar os resultados para analisar se, de fato, o processo está sendo bem-sucedido. Isso pode ser feito por meio da análise de indicadores sobre os quais ele está relacionado. Por exemplo, economia de recursos, aprimoramento da experiência de usuários, melhoria da imagem do negócio, entre outros.

Quais os desafios da hiperautomação?

A implementação bem-sucedida da hiperautomação enfrenta diversos percalços, desde questões culturais até aspectos técnicos e de segurança. Conheça os mais evidentes.

  • aversão de alguns colaboradores à transformação tecnológica: a resistência à mudança é comum em iniciativas de digitalização integral. Alguns profissionais podem temer que a automação torne suas funções obsoletas. Com comunicação clara e alinhamento adequado, é possível reverter esse quadro em aceitação e colaboração;
  • análise minuciosa de todas as operações: antes da implementação, é necessário averiguar todo o organograma empresarial. Identificar processos adequados para hiperautomação, avaliar viabilidade técnica e financeira, bem como entender o impacto nos departamentos e nos fluxos de trabalho existentes ajuda a direcionar recursos com eficácia;
  • recursos de segurança necessários: essa transformação envolve a utilização intensiva de ferramentas como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas, que são eventualmente vulneráveis a ataques cibernéticos. As companhias devem, portanto, investir em mecanismos de segurança robustos para proteger suas operações e dados;
  • monitoramento constante de tendências: a tecnologia e o mercado evoluem constantemente. Acompanhar tendências relevantes, como novas tecnologias de automatização e mudanças regulatórias, permite ajustar estratégias conforme necessário para permanecer competitivo e atender às demandas do mercado.

Como aplicar a hiperautomação?

A implementação dessa estratégia é um processo minucioso que requer planejamento cuidadoso e uma abordagem estruturada. Neste tópico, explicaremos as cinco etapas para aplicar com sucesso a hiperautomação em uma companhia.

Defina suas necessidades e oportunidades

O primeiro passo é entender quais processos de negócios podem se beneficiar. Isso envolve identificar áreas onde há brechas para aumentar a eficiência, diminuir encargos e garantir precisão por meio da hiperautomação. Realizar uma análise detalhada das atividades existentes facilita a detecção das áreas mais propícias e estratégicas.

Colete e analise dados operacionais e mercadológicos

Uma vez identificados os processos a serem hiperautomatizados, é importante levantar informações de grande relevância. Isso inclui registros sobre o desempenho atual da empresa, padrões de demanda do mercado, e qualquer outra informação que possa influenciar a eficácia da automação — como as preferências do público-alvo e as exigências dos fornecedores e parceiros de negócio.

A análise desses dados ajudará a informar as decisões desse tipo de implementação e a permitir que os processos sejam adaptados às necessidades específicas da organização.

Considere todos os softwares e recursos utilizados

Esse levantamento deve incluir sistemas de gestão empresarial, ferramentas de controle de processos, plataformas de análise de dados e qualquer outra tecnologia usada com frequência. Avaliar a integração entre esses recursos e garantir a compatibilidade com as soluções de hiperautomação é fundamental para o sucesso da implementação.

Apresente e avalie os resultados

Uma vez que a automação tenha sido implementada, é importante compilar os resultados para as partes interessadas e avaliar o impacto da hiperautomação na companhia. Para isso, monitore indicadores-chave de desempenho, como adaptação operacional, cumprimento de prazos, eficácia da comunicação, precisão de demandas e satisfação do cliente. Dessa forma, é possível ajustar as otimizações conforme necessário para garantir que continuem a agregar valor à organização.

Quais os exemplos da hiperautomação na prática?

A hiperautomação transforma operações empresariais em várias áreas. Veja algumas amostras práticas:

  • gestão de marketing e comercial de ponta: companhias utilizam esse aprimoramento para personalizar campanhas de marketing, direcionar leads qualificados e automatizar etapas de vendas, melhorando a experiência e aumentando as taxas de conversão;
  • proteção sólida contra fraudes: instituições financeiras e empresas de comércio eletrônico implementam sistemas de hiperautomação para detectar e prevenir vulnerabilidades em tempo real, analisando os padrões de transações e comportamento do usuário de forma rápida e precisa;
  • desenvolvimento ágil e preciso de softwares: times de desenvolvedores hiperautomatizam processos de programação, testes e integração contínua, o que permite reduzir erros e retrabalhos. Essa condição favorável acelera o tempo de lançamento no mercado e melhora a qualidade geral do produto.

Como vimos, a hiperautomação ajuda a empresa a se inserir na transformação digital, por meio da otimização global dos processos. Adotando essa filosofia, a organização se torna mais potente e disruptiva, além de estar sempre preparada para lidar com as alterações do mercado e tendências tecnológicas do futuro.

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