Softwares nascem, são corrigidos e morrem. Os processos que ocorrem entre esses pontos têm um nome próprio: o ciclo de vida do software. Conhecer como o ciclo de vida de um aplicativo pode ser estruturado, assim como os benefícios de ter uma política para gerenciar cada etapa, é crucial.
Afinal, isso garante ao gestor mais habilidade para tomar decisões de qualidade e ajuda a evitar riscos e orientar as equipes de desenvolvedores para que elas trabalhem com alta performance. Desse modo, o sucesso obtido com o investimento no aplicativo será sempre elevado.
Quer saber mais sobre o que é o ciclo de desenvolvimento do sistema e como ele deve ser gerenciado? Confira em nosso post a seguir!
Índice
- 1 O que é o ciclo de vida de um sistema?
- 2 Quais são os modelos de ciclo de vida do software?
- 3 Quais são as etapas desse ciclo?
- 4 Por que é importante compreender as etapas do ciclo de vida de um aplicativo?
- 5 Quais as vantagens do ciclo de vida do software?
- 6 Como o Cronapp pode ajudar no desenvolvimento de software?
O que é o ciclo de vida de um sistema?
Ciclo de vida do software é o termo utilizado para definir o conjunto de etapas que ocorrem entre a concepção de um sistema e o instante em que ele é descontinuado pelo desenvolvedor. Ele ajuda a orientar a equipe de desenvolvedores, assim como o direcionamento de recursos. Desse modo, os times podem sempre focar no que for mais importante, evitando problemas e garantindo o máximo de satisfação do usuário.
A gestão do ciclo de vida do sistema é importante por permitir ao negócio ter um planejamento inteligente e capaz de identificar quando é a melhor hora de executar cada tarefa que envolve a criação e a manutenção de um sistema. Ou seja, torna o processo de gestão do aplicativo mais robusto e organizado. Assim, o time pode ter maior controle sobre a aplicação e evitar cenários de risco.
Correção de bugs
Dentro da gestão do ciclo de vida de um software, a correção de bugs exerce um papel fundamental para o controle de qualidade. É uma fase em que os desenvolvedores estão empenhados na detecção de possíveis erros, a fim de que sua equipe possa realizar as devidas correções.
Inovação
Outro ponto crucial da gestão de ciclo de vida do software é que os profissionais também podem sugerir e identificar oportunidades de inovação e desenvolvimento de funcionalidades, segurança ou automação, de modo a garantir que o projeto esteja sempre alinhado com uma maior satisfação dos usuários e, consequentemente, a uma melhor taxa de uso.
Quais são os modelos de ciclo de vida do software?
Conforme o mercado de desenvolvimento de sistemas evoluiu, diferentes modelos de ciclo de desenvolvimento foram criados. Cada um busca atender a diferentes necessidades, o que exige do gestor um cuidado maior na hora de escolher o seu. Confira, a seguir, os principais modos de manter uma aplicação funcional!
Cascata
Esse é um dos modelos mais antigos do mercado. Ele surgiu na década de 1970 e é utilizado até hoje por várias empresas. As suas etapas principais são:
- a análise e a definição de requisitos;
- o planejamento do projeto de desenvolvimento;
- a implementação das funcionalidades no código-fonte;
- a execução dos testes de segurança e o rastreamento de bugs;
- a integração da aplicação no ambiente de trabalho do usuário.
O modelo de cascata é mais rígido do que outras opções modernas. Ele exige que os gestores iniciem uma etapa apenas após a atual ser completa. Além disso, o término de cada etapa envolve a criação de um documento que lista resultados e deve ser aprovado pelos líderes do projeto.
Em outras palavras, o modelo de cascata tem maior foco no planejamento de etapas e exige uma rigidez maior na hora de executar cada rotina. Assim, os times terão objetivos claros, imutáveis e transparentes. Isso evita retrabalhos e mudanças inesperadas, que possam comprometer os prazos atuais.
Incremental
Esse modelo foi criado na década de 1980. Ele tem um contato contínuo entre os responsáveis pelo projeto e o cliente. Desse modo, é possível maximizar a satisfação e evitar riscos.
No modelo de ciclo de vida incremental, a empresa divide os requisitos e funcionalidades em módulos. Cada um deles é, então, avaliado e classificado com um nível de prioridades. Sendo assim, o time pode planejar etapas com foco nos módulos prioritários.
Ao término de cada etapa, o cliente recebe uma amostra do software com as funcionalidades já criadas. Isso permite que os recursos mais importantes sejam testados rapidamente no ambiente de produção. Ou seja, a empresa terá mais meios para coletar dados sobre o uso da aplicação e o que pode ser feito pra otimizá-la.
As chances de o cliente ter elevada satisfação também são maiores. Afinal, ele poderá entregar um feedback contínuo sobre os recursos e as suas expectativas. Portanto, a empresa pode criar maior alinhamento com o usuário e as suas demandas.
Modelo evolutivo
No modelo evolutivo, os requisitos são levantados de modo paralelo à evolução da aplicação. Ele é útil especialmente nos cenários em que as funcionalidades necessárias para a solução não estão definidas corretamente. Assim como no modelo incremental, há uma comunicação direta com o cliente, permitindo que ele aplique feedbacks e auxilie na melhoria dos recursos de modo contínuo.
Sempre que um feedback é entregue, um novo projeto de desenvolvimento se iniciará. Em outras palavras, as mudanças no sistema e as suas atualizações são feitas como a evolução de uma espécie: a cada nova versão do software, melhorias são aplicadas para garantir maior satisfação do usuário.
O maior benefício desse modelo de ciclo de vida é a possibilidade de ter alta satisfação do cliente. Como ele realiza feedbacks contínuos, as chances de um requisito ser entregue de modo inadequado são menores. Assim, o usuário terá em suas mãos uma aplicação que se adapta mais às suas demandas.
Modelo V
Neste modelo, basicamente temos o modelo de cascata colocado em V. Porém, em vez de se mover para baixo de forma linear, as etapas do processo são dobradas para cima, e cada fase de codificação do lado esquerdo gera uma fase de teste do lado direito, como:
- teste de unidade valida o projeto do programa;
- teste de sistema valida o projeto de sistema;
- teste de aceitação do cliente valida a análise de requisitos.
Assim como no cascata, no V-Model o cliente só recebe a primeira versão do software no final do ciclo. E, devido ao planejamento prévio dos testes nas fases de análise e projeto, esse resultado apresenta menos riscos.
Prototipagem
A Prototipagem consiste na construção de um exemplar com os requisitos essenciais solicitados pelo cliente. E, num primeiro momento, não é exigido um conhecimento aprofundado desses tópicos.
A ideia é que ele experimente, na prática, como o sistema ou parte dele funcionará. Então, após esse primeiro contato, é hora de esclarecer o que não foi bem interpretado, a fim de que os desenvolvedores consigam aprofundar alguns conceitos e entender um pouco mais sobre as reais necessidades do cliente.
Depois que o primeiro feedback, e novos requisitos são colhidos, o projeto é aprimorado e apresentado para a obtenção de novos feedbacks, até que a versão final seja alcançada satisfatoriamente.
Modelo espiral
No modelo espiral, criado em 1988, as fases são tratadas de modo cíclico. A cada iteração (ou “volta” do ciclo), o usuário tem acesso a versões evolucionárias do software. Nele, há menos flexibilidade para lidar com possíveis falhas e bugs.
Por isso, cada etapa demanda maior planejamento. A empresa deve estar atenta para possíveis problemas, testando funcionalidades e avaliando eventuais incompatibilidades. Além disso, é necessário manter o cliente vinculado a cada etapa aplicando feedbacks e orientando mudanças futuras.
A “espiral do ciclo de vida” é dividida em alguns setores, que são:
- a definição de objetivos, o desempenho mínimo e as funcionalidades, assim como o escopo da etapa e suas restrições;
- a análise de riscos e a prototipagem de funcionalidades;
- o desenvolvimento e a validação de um modelo de desenvolvimento alinhado com as demandas;
- a execução de cada demanda;
- a avaliação dos resultados;
- o planejamento da próxima etapa.
Modelo de ciclo de vida associado ao RUP
O RUP (Rational Unified Process) é um modelo de processo iterativo e unificado de desenvolvimento de, que utiliza o framework de manuais que orientam a utilização das melhores práticas, de acordo com as especificações de projeto.
Trata-se de uma plataforma de processo de desenvolvimento de software configurável para produzir software com qualidade, com base nas melhores práticas comprovadas e uma arquitetura configurável. Além disso, o RUP deve satisfazer as necessidades de prazo e orçamento estabelecidos pelo cliente.
Quais são as etapas desse ciclo?
Apesar de existirem diferentes metodologias para desenvolver um sistema, as etapas que fazem parte do processo de desenvolvimento são comuns a todas elas, mesmo que a forma de evolução seja diferente. Abaixo, confira quais são!
Definição
A fase de definição é aquela em que o sistema é concebido, ou seja, é o momento no qual, com base em um problema existente ou com a análise de como os processos atuais são realizados, são pensadas soluções automatizadas para melhorar a forma de realizar as atividades.
Basicamente, essa é a etapa em que surgem as ideias e na qual elas são debatidas em equipe para definir como será a solução. Nesse momento, também é escolhida qual metodologia de desenvolvimento será utilizada.
Desenvolvimento
A fase de desenvolvimento consiste na realização de todas as atividades necessárias para a construção do sistema, como a definição da UX/UI — User Experience e User Interface, as quais representam o design da interface com o usuário pensando na melhor experiência para ele.
A seguir, é feita a programação da aplicação com base na forma de desenvolvimento escolhida, que pode ser low-code ou high-code, por exemplo — falaremos sobre essas formas de codificação mais adiante.
Por fim, não podemos esquecer de fazer os testes da aplicação para evitar retrabalhos no futuro.
Operação e manutenção
A fase de operação é aquela em que o sistema está preparado para ser utilizado e em constante processo de manutenção. Isso porque, sempre que uma falha for encontrada ou houver a necessidade de implementar melhorias, o sistema poderá ser modificado.
Por que é importante compreender as etapas do ciclo de vida de um aplicativo?
Cada etapa do ciclo de vida da aplicação é formada por atividades essenciais para garantir o desenvolvimento de um sistema de qualidade, ou seja, que atenda às necessidades do usuário.
Por isso, é importante ter atenção em cada uma delas para evitar o retrabalho, desenvolver um melhor trabalho em equipe e realizar modificações com mais facilidade em caso de necessidade.
Saber em qual etapa do ciclo de vida um aplicativo está também é relevante para estabelecer prazos e estimar os custos necessários para o desenvolvimento da aplicação.
Quais as vantagens do ciclo de vida do software?
O principal benefício de mapear, acompanhar e analisar todas as fases do ciclo de vida do software é a previsibilidade. Tudo que acontece no processo de desenvolvimento é planejado e executado exatamente dentro desse roteiro.
Em outras palavras, o ciclo de vida do desenvolvimento de software permite que os profissionais envolvidos visualizem em escala todo o processo e gerenciamento de seu projeto.
Assim, a empresa terá clareza não só no cumprimento do seu objetivo, mas principalmente terá um domínio assertivo sobre os custos e prazos que estão em jogo. O ciclo de vida do software reduz o gasto de tempo e aumenta o retorno de dinheiro. Ademais, podemos destacar outras vantagens como:
- entrega produtos e software com alto nível e qualidade;
- melhora a experiência do usuário;
- otimiza a comunicação das equipes;
- diminui o potencial de risco durante o projeto de desenvolvimento.
Como o Cronapp pode ajudar no desenvolvimento de software?
O Cronapp é uma plataforma completa para o desenvolvimento de software. Ele contém um grande conjunto de ferramentas e blocos de códigos pré-configurados, que facilitam o desenvolvimento de qualquer tipo de aplicação, tanto para web quanto para dispositivos móveis.
Com o Cronapp, é possível criar aplicativos para comercialização ou para a utilização interna da empresa. Ele oferece diferentes possibilidades de desenvolvimento, como:
- o low-code ou código baixo, em que as funcionalidades são adicionadas no modelo clica e arrasta, proporcionando mais agilidade à tarefa de desenvolvimento;
- o high-code ou código alto, no qual é possível criar a aplicação da forma tradicional, ou seja, escolhendo a linguagem de programação desejada para desenvolver o sistema.
Como vimos, existem diferentes fases do ciclo de vida do software. Eles são formulados para atender às várias demandas do mercado e, com isso, garantir a satisfação de múltiplos perfis de usuário. Por isso, devem ser tratados como uma ferramenta estratégica.
A empresa deve avaliar continuamente o que envolve o seu projeto de desenvolvimento e, então, escolher o modelo mais adequado ao ciclo de vida do aplicativo. Desse modo, ela conseguirá orientar as suas decisões com mais qualidade e maximizar o retorno sobre o investimento realizado. Ela também pode utilizar ferramentas de desenvolvimento para ganhar mais agilidade e desenvolver soluções completas.
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